segunda-feira, abril 25, 2005
25 de abril: o dia da Liberdade
Não quero deixar de assinalar esta data pelo primeira vez no nosso blog, isto porque é a única oportunidade que tenho para fazê-lo pela primeira vez.
Depois deste início pouco auspicioso vamos então falar do 25 de Abril de 1974. É concerteza um feriado muito apreciado pelos portugueses para ir até ao Algarve passar um belo fim de semana pronlongado, mas é, por outro lado um dos feriados com mais significado para grande parte dos portugueses, isto porque a maioria da população portuguesa já era nascida em 1974, e muitos deles seguramente que se lembram do momento. Foi o fim do último regime totalitarista da Europa meditrrânica, numa revolução fantástica em que não houve qualquer tipo de violência, tudo se resolveu pacificamente e Portugal ficou a ganhar.
Durante algumas décadas a fio o poder em Portugal esteve entregue a Oliveira Salazar. Depois da primeira república Salazar chegou ao governo através da pasta das finanças, e por lá ficou, como primeiro-ministro, até morrer. Foi o primeiro-ministro que governou durante mais tempo em Portgual. Durante os anos em que esteve à frente de Portugal exerceu o poder de forma abusiva, cortando pela raíz qualquer opinião que fosse contra a sua. Limitou a educação a um grupo de priveliados, a Salazar intressava-lhe uma população pouco instruída que permitisse sem grande alvoroço pôr em prática as suas políticas. Levou a guerra do Ultramar até às últimas consequências, desenvolveu um plano ambicioso de obras públicas, manteve uma posição pouco clara durante a 2ª guerra mundial e por último queria realçar o facto de ter levado Portugal a uma balança comercial positiva, algo que nunca se repetiu depois do 25 de Abril.
A este regime se deve o atraso de Portugal em relação ao resto da Europa. O facto de durante várias décadas se ter permitido que a maioria da população apenas completasse a então 4ª classe, fez com que a mão de obra em Portugal fosse (e seja) pouco qualificada. Esta situação levará ainda algumas décadas a ser ultrapassada.
A democracia trouxe outro tipo de responsabilidade aos portugueses. São regularmente chamados às urnas para deciderem quem os governa. Ainda assim muitos se abstêm, não valorizam a luta dos seus antepassados, e mostram que para eles viver em ditadura ou democracia é exactamente o mesmo.
A liberdade de expressão é certamente uma das faces mais visíveis da revolução. Senão vejamos: muitos dos textos que aqui publico seriam cenurados, os milhares de blogs que criticam abertamente as instituições deixariam de existir, aqueles programas tipo fórum eram de todo impossíveis. Há que valorizar este dom da opinião.
Por outro lado nunca mais atingiremos a balança comercial dos tempos da ditadura. Estamos integrados numa das ecónomias mais competitivas do mundo, a UE, e as fronteiras foram abolidas. Com a concorrência de outros produtos vindos de outros países é de todo impossível reequilibrarmos a balança.
Continuamos a apostar em planos de obras públicas ambiciosos em vez de termos um ensino superior de qualidade, mas como já disse noutros post, continua a faltar coragem aos nossos políticos para tomarem decisões que apenas tenham impacto a médio longo prazo.
Este é o meu diagnóstico, outrora seria censurado.
Fim de Crónica
Depois deste início pouco auspicioso vamos então falar do 25 de Abril de 1974. É concerteza um feriado muito apreciado pelos portugueses para ir até ao Algarve passar um belo fim de semana pronlongado, mas é, por outro lado um dos feriados com mais significado para grande parte dos portugueses, isto porque a maioria da população portuguesa já era nascida em 1974, e muitos deles seguramente que se lembram do momento. Foi o fim do último regime totalitarista da Europa meditrrânica, numa revolução fantástica em que não houve qualquer tipo de violência, tudo se resolveu pacificamente e Portugal ficou a ganhar.
Durante algumas décadas a fio o poder em Portugal esteve entregue a Oliveira Salazar. Depois da primeira república Salazar chegou ao governo através da pasta das finanças, e por lá ficou, como primeiro-ministro, até morrer. Foi o primeiro-ministro que governou durante mais tempo em Portgual. Durante os anos em que esteve à frente de Portugal exerceu o poder de forma abusiva, cortando pela raíz qualquer opinião que fosse contra a sua. Limitou a educação a um grupo de priveliados, a Salazar intressava-lhe uma população pouco instruída que permitisse sem grande alvoroço pôr em prática as suas políticas. Levou a guerra do Ultramar até às últimas consequências, desenvolveu um plano ambicioso de obras públicas, manteve uma posição pouco clara durante a 2ª guerra mundial e por último queria realçar o facto de ter levado Portugal a uma balança comercial positiva, algo que nunca se repetiu depois do 25 de Abril.
A este regime se deve o atraso de Portugal em relação ao resto da Europa. O facto de durante várias décadas se ter permitido que a maioria da população apenas completasse a então 4ª classe, fez com que a mão de obra em Portugal fosse (e seja) pouco qualificada. Esta situação levará ainda algumas décadas a ser ultrapassada.
A democracia trouxe outro tipo de responsabilidade aos portugueses. São regularmente chamados às urnas para deciderem quem os governa. Ainda assim muitos se abstêm, não valorizam a luta dos seus antepassados, e mostram que para eles viver em ditadura ou democracia é exactamente o mesmo.
A liberdade de expressão é certamente uma das faces mais visíveis da revolução. Senão vejamos: muitos dos textos que aqui publico seriam cenurados, os milhares de blogs que criticam abertamente as instituições deixariam de existir, aqueles programas tipo fórum eram de todo impossíveis. Há que valorizar este dom da opinião.
Por outro lado nunca mais atingiremos a balança comercial dos tempos da ditadura. Estamos integrados numa das ecónomias mais competitivas do mundo, a UE, e as fronteiras foram abolidas. Com a concorrência de outros produtos vindos de outros países é de todo impossível reequilibrarmos a balança.
Continuamos a apostar em planos de obras públicas ambiciosos em vez de termos um ensino superior de qualidade, mas como já disse noutros post, continua a faltar coragem aos nossos políticos para tomarem decisões que apenas tenham impacto a médio longo prazo.
Este é o meu diagnóstico, outrora seria censurado.
Fim de Crónica