segunda-feira, maio 23, 2005
Festival Eurovisivo
Vou hoje falar de um dos programa que marcou a minha infância juntamente com os jogos sem fronteiras. Ambos têm um apresentador em comum, metade homem, metade mito Eládio Clímaco. Sei que isto pode parecer uma pequena peça de humor original, mas não, é a mais pura das verdades. Era a competição mais mediática em que Portugal entrava antes de termos uma grande selecção de futebol. Era religiosamente seguido por milhares de famílias espalhadas por esse país fora, que faziam quadros de votações para cada membro da família. Agora que têm a oportunidade de votar ninguém vota. Apesar de tudo não deixei de ficar surpreendido com os resultados de audiência da semi-final onde Portugal participou. Alcançou 13% creio, segundo a agência Lusa.
Quando era mais criança gravava os festivais e via-os successivamente até saber as pontuações de cor, aquela coisa fantástica do "Spain 8 points, l'Espagne 8 points, United Kingdom 10 points, Roiaumme Unni 10 points, and finally Ireland 12 points, et finalement l'Irlande 12 points" sim porque quando eu via era sempre a Irlanda que ganhava, como o Porto ganhou 5 campeonatos seguidos a Irlanda fez o mesmo com o festival de Eurovisão nos anos 90. Sabia inclusivamente algumas músicas de cor, até nas línguas mais esquesitas. Infelizmente, nos finais da década de 90 o festival mudou, para pior. A imagem conta agora tudo, músicas sem jeito nenhum vencem o festival só porque têm uma cantora visualmente bonita, embora com 4kg de maquilhagem, e lá lhe arranjam uma coreografia engraçada para ver se ela tira a roupa e acaba a actuação eu sutiã e cuecas. Mas o ponto mais negro aconteceu em 1998, quando um travesti israelita chegou, viu e venceu só porque era travesti, porque nem se conseguia dançar e a música era pura e simplesmente horrível. Felizmente, travestis não voltaram a aparecer, mas o certo é que aparece lá com cada personagem que parecem vindos de outro mundo. Sobre este assunto vinha hoje no público um artigo de Eduardo Cintra Torres, esse homem que tem a fantástica profissão de crítico de televisão.
Por outro lado, os países da nova Europa fazem deste festival um local de afirmação no panorama Europeu, e são ajudados pelo facto de terem muitos vizinhos o que não acontece com Portugal, cujos votos vêm totalmente dos emigrantes, já que nem os nosso vizinhos espanhóis nos dão votos. A importância para nós é pouca, e por isso nada fazemos para o ganhar. Enviamos más músicas (no ano passado), maus cantores (este ano, até metiam dó, não se percebia nada do que diziam) e por isso este festival nunca se realizará em Portugal, porque a UEFA não atribui a sua organização. Esta é entregue ao país vencedor da edição anterior. Mas este certame cultural é também uma forma de promoção turística, isto porque concerteza já reparam que nos intervalos das músicas passam imagem do país organizador, e confesso que a vontade de os visitar cresce depois daqueles segundos de grandes imagens. As imagens temo-las, basta ver os anúnios do Instituto do Turismo, chegam a ser emocionantes. Mas não, não nos interessa o certame, até porque ele está muito degradado. Sugiro que para o ano levem a Ana Malhoa e a sua musica latina, metam-na no palco de biquini e pode ser que ganhemos. Viva Portugal!
Fim de Crónica
Quando era mais criança gravava os festivais e via-os successivamente até saber as pontuações de cor, aquela coisa fantástica do "Spain 8 points, l'Espagne 8 points, United Kingdom 10 points, Roiaumme Unni 10 points, and finally Ireland 12 points, et finalement l'Irlande 12 points" sim porque quando eu via era sempre a Irlanda que ganhava, como o Porto ganhou 5 campeonatos seguidos a Irlanda fez o mesmo com o festival de Eurovisão nos anos 90. Sabia inclusivamente algumas músicas de cor, até nas línguas mais esquesitas. Infelizmente, nos finais da década de 90 o festival mudou, para pior. A imagem conta agora tudo, músicas sem jeito nenhum vencem o festival só porque têm uma cantora visualmente bonita, embora com 4kg de maquilhagem, e lá lhe arranjam uma coreografia engraçada para ver se ela tira a roupa e acaba a actuação eu sutiã e cuecas. Mas o ponto mais negro aconteceu em 1998, quando um travesti israelita chegou, viu e venceu só porque era travesti, porque nem se conseguia dançar e a música era pura e simplesmente horrível. Felizmente, travestis não voltaram a aparecer, mas o certo é que aparece lá com cada personagem que parecem vindos de outro mundo. Sobre este assunto vinha hoje no público um artigo de Eduardo Cintra Torres, esse homem que tem a fantástica profissão de crítico de televisão.
Por outro lado, os países da nova Europa fazem deste festival um local de afirmação no panorama Europeu, e são ajudados pelo facto de terem muitos vizinhos o que não acontece com Portugal, cujos votos vêm totalmente dos emigrantes, já que nem os nosso vizinhos espanhóis nos dão votos. A importância para nós é pouca, e por isso nada fazemos para o ganhar. Enviamos más músicas (no ano passado), maus cantores (este ano, até metiam dó, não se percebia nada do que diziam) e por isso este festival nunca se realizará em Portugal, porque a UEFA não atribui a sua organização. Esta é entregue ao país vencedor da edição anterior. Mas este certame cultural é também uma forma de promoção turística, isto porque concerteza já reparam que nos intervalos das músicas passam imagem do país organizador, e confesso que a vontade de os visitar cresce depois daqueles segundos de grandes imagens. As imagens temo-las, basta ver os anúnios do Instituto do Turismo, chegam a ser emocionantes. Mas não, não nos interessa o certame, até porque ele está muito degradado. Sugiro que para o ano levem a Ana Malhoa e a sua musica latina, metam-na no palco de biquini e pode ser que ganhemos. Viva Portugal!
Fim de Crónica