sábado, maio 13, 2006

 

Carro 23

Queria aproveitar estes dias em que o cérebro ainda está demasiado dormente para ter uma qualidade aceitável de trabalho e rendimento no que ao estudo diz respeito, para fazer pequenos balanços de uma queima vivida intensamente. Talvez demasiado intensamente, mas espero que tenha sido a penúltima, e de pensar nisto já sinto uma certa nostalgia.


Deixando os discursos lamemchas e saudosistas para outras alturas, vou fazer o balanço daquele dia para o qual nos preparámos durante meses a fio, o cortejo. Reuniões e discordâncias que não nos abalaram e na 5ªfeira antes da serenata já o nosso transporte durante o cortejo figurava no quartel da GNR. Longos dias se anteviam e assim foi, até à última da hora a fazer flores frescas para cubrir um tecto feito todo ele em menos de 24h. Mas às 22h de 2ª feira o nosso amigo Costa finalizou o nosso projecto.


Uma palavra também para a boa vizinhança que tivemos no quartel da GNR e que nos fizeram companhia nas horas mais difíceis em que as coisas não pareciam estar a correr também, havia sempre uma cara bonita para olhar e ganhar motivação.

A 3ªfeira começou com o momento mais sóbrio e culturalmente mais rico da Queima das Fitas. Colocámo-nos ordeiramente na fila para queimarmos o grelo e soltar as fitas ao vento. Com o sol a bater, e a noite da véspera a deixar marcas no corpo lá chegámos ao nosso objectivo matinal, primeira alegria do dia. A queima do grelo, na Queima das Fitas.Depois cada um foi-se alimentar para minimizar os excessos de um cortejo que distribui milhares de litros de líquido pelos estudantes e simples transeuntes, que acompanham apaixonadamente o cortejo. O carro já havia sido atestado na véspera, e como vinha no Diário de Coimbra de 3ª feira, bebida era o que não faltava lá dentro, a comprová-lo deixo-vos uma pequena amostra do que era uma arca do nosso carro.

Já em cima do carro e com os nosso amigos das bobines em frente (o carro B de electro), começámos a distribuir bebidas pela população como é tradição, para além de visitar outros amigos que se encontravam em carros espalhados pelo cortejo.
Concerteza ainda estão à espera de uma foto do carro, que infelizmente não é de grande qualidade, o melhor que se conseguiu foi uma vista lateral dos nossos amigos do carro B.

Como somos futuros engenheiros, não podíamos deixar os nossos créditos por mãos alheias, e se não fosse o concurso ter regras restritas, de certeza que os nossos elevadores para bebidas tinham feito sucesso, e nos teriam garantido uma menção honrosa. Os confetis também foram bastante apreciados, mas o sucesso foi mesmo os elevadores.


A partir do mercado não houve reportagem fotográfico, até porque a partir daí a velocidade foi mais elevada, deixámos de andar para começar para correr. Foi então que na ânsia de acabar com o stock de bebidas que tinhamos connosco, distribuímos à grande, e houve um amigo que pela quantidade de bebida que levou deve ter apanhado uma valente piela naquela noite. Uma mochila cheia de cerveja e vinho foi obra.
Depois a passagem pela ponte, e o vento a bater na cara, a destruição tinha chegado, uma vontade gananciosa de arrancar as flores que apaixonadamente tínhamos colocado na estrutura do carro. Daí até o fim da nossa marcha foi literalmente a abrir, e no fim os abraços as lágrimas e a chegada uma praia espirtitual, o fim de um projecto. E aí começou a destruição total, tudo era para arrancar, e tudo se podia levar. Virou-se a arca, que tinha ainda uma cerveja fresquinha que soube-me a pato. E fui bebendo alegremente enquando via outros carros chegarem com o mesmo sentimento de felicidade. Uma rapariga chamou-me a dizer: "Tu és tão giro...", e depois da praia foi bom ouvir esta declaração, mesmo que tenha sido regada de álcool, e ela estivesse a ver-me desfocado, mas foi bonito.

Por fim o meu agradeicmento sincero a estes senhores que aparecem aqui em baixo, a nossa direcção. Eles trabalharam nos bastidores, e puseram muito amor neste projecto. Obrigado pelo dia maravilhoso que me proporcionaram.
Também agradecer a todos aqueles que, não sendo da direcção, trabalharam comigo na construção e destruição do carro. Muito obrigado.

Fim de Crónica

Barbaridade:
De nada amigo, foi um dia especial pra todos, mas td tem d ter um fim. Mas ca ficamos pra contar a história. Akele abraco e METE A MAO NO RABO!!!!
 
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