sábado, maio 27, 2006

 

O fim de uma pequena era

Caro leitor, se vieste aqui parar vindo do Hemisfério Sul, podes ter a certeza que este blog é um pouco mais abrangente do que apenas Electro. Se calhar era esse o projecto inicial, mas neste caso a gestão do projecto não resultou e imperou o "já agorismo".

Durante muito tempo este blog serviu de crónica dos jogos do Olivais FC, o meu clube de basquéte. Saí este ano por razões diversas que já deram um post neste blog. Se calhar uma das que mais pesou foi a entrada de Miguel Barbosa para treinador da equipa sénior, acontece que este senhor deixou o lugar e o acontecimento não foi sequer anunciado aqui, uma falha minha, e que o Pina me fez o favor de lembrar.

Antes de passar à minha análise dos acontecimentos devo fazer um breve esclarecimento, tudo o que for aqui escrito baseia-se apenas em relatos dos jogadores que eram treinados por Miguel Barbosa e de notícias que circularam pela imprensa regional. Apesar de se calhar ter razões para o fazer, vou evitar insultar ou criticar este senhor, porque simplesmente nunca o conheci, nem faço questão.
Desde o princípio da época que Barbosa era críticado pela forma de estar e pelo seu relacionamento com os seus jogadores. Eu próprio, num dos primeiros treinos da época me desloquei às instalações do Olivais para definir o meu futuro, e ver como eram os treinos e o treinador para decidir se daria continuidade à minha medíocre carreira de jogador. Logo nesse treino Barbosa parecia estar mais preocupado com a reportagem sobre a equipa da Académica, que nem sequer faz parte da mesma divisão, do que com o treino da sua equipa. Pensei que era mesmo assim e não havia nada a fazer, afinal o homem ganhava jogos atrás de jogos e afinal os objectivos pareciam estar a ser cumpridos, um percurso imaculado na CNB2. Muitos episódios me foram contando à cerca dele, mas não me apercebi da dimensão do problema até ao jantar de despedida do nosso ex-treinador, o Dilson, para o Brasil. Fiquei a perceber então que este senhor para além de todos os defeitos que lhe apontavam como treinador e como pessoa, sofria de um problema de mentira compulsiva. Ouvi histórias que até algumas crianças tinham dificuldade a acreditar.
Os meus amigos não jogavam, e na minha opinião eles têm qualidade, basta olhar para o nosso percurso vitorioso no ano passado, não foi obra do acaso. Havia qualidade, havia espírito de grupo, havia entreajuda, e todos remavam para o mesmo lado, da mesma forma. Este novo treinador entrou com pre-conceitos que jamais se desfizeram o que prejudicou os atletas em termos motivacionais e nunca lhe permitiu ganhar uma relação de confiança com os jogadores que lhe permitisse ter o grupo consigo. Chegaram-me aos ouvidos ameaças de agressão caso os jogadores se rissem das estórias que o senhor contava nos jantares de equipa. Não quis acreditar, mas a verdade é que a confiança que deposito nas pessoas que me contaram isto não me deixa outra alternativa.
No entanto, face aos resultados, os comportamentos não chegavam. Até que em jogo da 2ª fase surge a primeira derrota da época contra o Galitos B. Apesar dos objectivos não serem beliscados o treinador no jogo seguinte não comparece no início do jogo alegando que se estava a sentir mal e que se tinha deslocado ao centro de saúde. Tendo chegado a meio do jogo nunca comungou do espírito da equipa, e ao intervalo na cabine manteve-se de boca fechada. Inclusivamente no fim do jogo, após mais uma vitória, não deu o grito com a equipa, o que apesar de ser um acto meramente simbólico, porque pode-se dar o grito na mesma sem estar senti-lo de verdade, pesa muito mais nem sequer lá ir. Parece que com esta sucessão de acontecimentos a direcção que já tinha ouvido queixas dos atletas, abriu os olhos para a situação que se passava, e deu conta do monumental erro que cometeu ao deixar fugir o Dilson para o outro lado do Atlântico, e ao contratar um treinador, sem provas dadas, com numerosos problemas de relacionamento, e que a única mais-valia que possuia é um nível 3 de treinador. Ficou neste caso provado que nem sempre o nível faz o treinador, é preciso muito mais que isso. Assim a imprensa desportiva local noticiava que Miguel Barbosa tinha deixado o comando técnico do Olivais por motivos pessoais e de saúde.
Resta dizer que esta situação reforçou a união dos jogadores, muitos deles respiraram de alívio após vários meses de tortura autêntica e atitudes inexplicáveis por parte do seu líder. O capitão de equipa, o Pico, assume agora as funções de treinador e parece levar o barco a bom porto. Assim espero que acontece porque as pessoas que representam aquele clube assim o merecem.
Com este processo perderam-se alguns jogadores para a Académica, outros para o Sport, outros para a reforma, e um treinador que tinha feito um trabalho excelente na época anterior.
Resta agora aprender com os erros e evitar que eles se cometam novamente.

Fim de Crónica

Barbaridade:
Señor Zé David, fique ja a saber que quem fala assim não é manco...

Diz-se por aí que fika pior a emenda que o soneto... neste caso, qq emenda, nem que tivesse sido feita pelo Zé Cabra fikaria melhor que o "soneto" que tinhamos... Aliás nota-se... Comparando... o Pico nao tem nivel 3 de treinador... tem prái nivel 300
 
Nem eu faria melhor... Diz-se k a emenda custuma ser pior k o soneto, neste caso qq emenda era mto melhor k o soneto, e é o que se vê... O pico pode nao ter nivel 3, nem primos nos juniores dos lakers, mas é um grande capitao e treinador :D Tem prái nivel 300

E com isto so lamento os amigos e grandes jogadores que se "sepraram" por causa duma "pessoa" k nao merecia...
 
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