terça-feira, julho 04, 2006
4 to go
É verdade, depois de tanto futebol que agora até sinto falta, já só faltam quarto partidas para findar este mundial da Alemanha. Não tem sido de todo brilhante, principalmente a fase do mata-mata. As equipas parecem mais preocupadas em não perder do quem em ganhar, o que torna difícil o aparecimento daqueles jogos memoráveis das fases finais dos Mundiais. Mas o que é certo que este Mundial já por si tem boas recordações para nós, chegar às meias não é todos os dias, foram precisos quarenta anos e outro treinador brasileiro, com méritos na conquista.
Muito do que escrevi a 19 de Junho veio-se a confirmar, com resultados neste campeonato. À excepção da vitória do Brasil com o Gana, da impressão de impotência da Itália frentes aos conterrâneos do Tio Sam, e ainda da sensação de força que a Espanha não confirmou, de facto, de uma maneira mais clara ou menos evidente, algo do que estava escrito se veio a confirmar. Visionário? Nada disso, também é preciso ter em atenção que joguei pelo seguro o que é sempre necessário quando se entra pelo campo da previsão. Vou agora tentar fazer uma análise jornalística, apesar de estar longe de o ser, às equipas que restam.
Alemanha: Cresceu como equipa com o decorrer da prova e está em primeiro lugar nas bolsas de apostas para ganhar o tetra. Ainda assim, não deixa de ser uma surpresa, havia equipas em prova com muito mais talento individual, mas apesar de toda a falta de talento conseguiram construir uma equipa sólida e coesa, que até agora se mostrou imbatível. Mostraram uma preocupação de jogar ao ataque, que se evaporou no último jogo com a Argentina. Mesmo assim, sendo equipa da casa, e estano em boa forma, acho que é o melhor adversário caso Portugal passe à final, principalmente pelo historial dos últimos jogos.
Itália: Conseguiram com mérito a passagem à segunda fase, com uma vitória categórica frente aos checos. Não vi o jogo contra a Austrália, mas fica claramente marcada por uma grande penalidade, na minha opinião inexistente pois o atacante italiano procura o contacto, a interpretação do árbitro não foi essa, mas parece-me no mínimo arriscado assinalar um penalti duvidoso no último minuto de jogo, de um jogo a eliminar num capeonato do mundo. O árbitro deve ter mesmo a certeza que foi penalti. Contra a Ucrânia mostraram o seu "veneno", fortes a defender, consistentes nas saídas para o ataque. Mostraram um traquejo que a Ucrânia naturalmente não tem, e com toda a justiça chegaram a esta meia final. Até aqui tiveram adversários teoricamente inferiores nos jogos a eliminar, tem hoje a primeira prova de fogo.
Portugal: Mostram uma segurança defensiva só comparável à dos italianos, com a diferença de terem tido adversários mais complicados na fase decisiva da prova. Sofreram apenas um golo de bola parada com o México, a melhor equipa nesse aspecto do torneio. Conseguem criar as suas ocasiões muito à custa de Figo e Ronaldo que criam desiquibrios nas alas. Pauleta tem estado bastante apagado, nomeadamente contra a Inglaterra, precisa de ser melhor servido. Apesar de não terem um histórico favorável contra a selecção francesa, o certo é que contra clubes franceses a história tem-nos sido favorável nos últimos tempos, e ainda por cima contamos com Scolari, que parece ser uma bomba para estes jogadores.
França: Renascida das cinzas no jogo com a Espanha. Os espanhóis já tinham feito o funeral à França, mas Zidane e companhia não foram na conversa. Partindo como outsiders conseguiram minimizar a Espanha e conquistaram com mérito um lugar nos últimos oito. Seguiu-se o Brasil, que, não querendo ofender os leitores brasileiros, levou um banho de bola, nomeadamente a partir do momento em que Zidane pegou na bola. É das poucas equipas que se consegue soltar para a frente e procurar vencer o jogo, talvez por ter Makalele e Vieira. Pela primeira vez nesta 2ª fase partem pela primeira vez como favoritos, vamos ver como reagem, esperemos que mal.
Fim de Crónica
Muito do que escrevi a 19 de Junho veio-se a confirmar, com resultados neste campeonato. À excepção da vitória do Brasil com o Gana, da impressão de impotência da Itália frentes aos conterrâneos do Tio Sam, e ainda da sensação de força que a Espanha não confirmou, de facto, de uma maneira mais clara ou menos evidente, algo do que estava escrito se veio a confirmar. Visionário? Nada disso, também é preciso ter em atenção que joguei pelo seguro o que é sempre necessário quando se entra pelo campo da previsão. Vou agora tentar fazer uma análise jornalística, apesar de estar longe de o ser, às equipas que restam.
Alemanha: Cresceu como equipa com o decorrer da prova e está em primeiro lugar nas bolsas de apostas para ganhar o tetra. Ainda assim, não deixa de ser uma surpresa, havia equipas em prova com muito mais talento individual, mas apesar de toda a falta de talento conseguiram construir uma equipa sólida e coesa, que até agora se mostrou imbatível. Mostraram uma preocupação de jogar ao ataque, que se evaporou no último jogo com a Argentina. Mesmo assim, sendo equipa da casa, e estano em boa forma, acho que é o melhor adversário caso Portugal passe à final, principalmente pelo historial dos últimos jogos.
Itália: Conseguiram com mérito a passagem à segunda fase, com uma vitória categórica frente aos checos. Não vi o jogo contra a Austrália, mas fica claramente marcada por uma grande penalidade, na minha opinião inexistente pois o atacante italiano procura o contacto, a interpretação do árbitro não foi essa, mas parece-me no mínimo arriscado assinalar um penalti duvidoso no último minuto de jogo, de um jogo a eliminar num capeonato do mundo. O árbitro deve ter mesmo a certeza que foi penalti. Contra a Ucrânia mostraram o seu "veneno", fortes a defender, consistentes nas saídas para o ataque. Mostraram um traquejo que a Ucrânia naturalmente não tem, e com toda a justiça chegaram a esta meia final. Até aqui tiveram adversários teoricamente inferiores nos jogos a eliminar, tem hoje a primeira prova de fogo.
Portugal: Mostram uma segurança defensiva só comparável à dos italianos, com a diferença de terem tido adversários mais complicados na fase decisiva da prova. Sofreram apenas um golo de bola parada com o México, a melhor equipa nesse aspecto do torneio. Conseguem criar as suas ocasiões muito à custa de Figo e Ronaldo que criam desiquibrios nas alas. Pauleta tem estado bastante apagado, nomeadamente contra a Inglaterra, precisa de ser melhor servido. Apesar de não terem um histórico favorável contra a selecção francesa, o certo é que contra clubes franceses a história tem-nos sido favorável nos últimos tempos, e ainda por cima contamos com Scolari, que parece ser uma bomba para estes jogadores.
França: Renascida das cinzas no jogo com a Espanha. Os espanhóis já tinham feito o funeral à França, mas Zidane e companhia não foram na conversa. Partindo como outsiders conseguiram minimizar a Espanha e conquistaram com mérito um lugar nos últimos oito. Seguiu-se o Brasil, que, não querendo ofender os leitores brasileiros, levou um banho de bola, nomeadamente a partir do momento em que Zidane pegou na bola. É das poucas equipas que se consegue soltar para a frente e procurar vencer o jogo, talvez por ter Makalele e Vieira. Pela primeira vez nesta 2ª fase partem pela primeira vez como favoritos, vamos ver como reagem, esperemos que mal.
Fim de Crónica
Barbaridade:
<< Home
Zé David
Tivemos sorte aqui no Brasil de sermos eliminados, pois haveria um intenso uso político do resultado que traria muitos danos sociais ao país. Poderia até mesmo influir nos resultados das eleições de outubro. Boa sorte para Portugal. De coração!
Um abraço
Marco Aurélio
Enviar um comentário
Tivemos sorte aqui no Brasil de sermos eliminados, pois haveria um intenso uso político do resultado que traria muitos danos sociais ao país. Poderia até mesmo influir nos resultados das eleições de outubro. Boa sorte para Portugal. De coração!
Um abraço
Marco Aurélio
<< Home