sexta-feira, julho 28, 2006

 

Pseudo-Turismo

Como deves ter reparado, não fiz a tradicional despedida para férias que fiz o ano passado, e como qualquer blog que se preze deve fazer, mostrando, assim, ter algum respeito pelos seus leitores. Eu simplesmente não o fiz, porque a intermitência das minhas intervenções não o justifica e porque tenho a oportunidade de partilhar essa marivlhosa experiência daquilo que eu gosto de chamar pseudo-turismo. Não é turismo porque estou numa apartamento, onde vive gente durante o ano inteiro. Não é um resort, longe disso, talvez um resort fosse bem mais apropriado nesta altura, mas compromissos famaliares impõem-se e resorts talvez daqui a uns anos.
Passar férias num país massivamente ocupado por portugueses é estranho, aliás há muitos aspectos neste país que são bastante estranhos. Se calhar olham para os portugueses como invasores, mas isso destruíria toda a construção de Europa que até aqui se fez. Mas, imaginem-se a viver no vosso país, mas onde metade da populção é constituída por estrangeiros que vêm de diferentes culturas, e têm hábitos diferentes... Difícil, mas é o que aqui acontece, e por isso os estrangeiro são o bode espiatório de alguns dos problemas desta sociedade, os problemas do sistema escolar por exemplo.
Chegado há quase uma semana é difícil de quebrar uma monotonia imposta. Um calor que começa a ser normal nestas paragem desde há uns anos, sem grande possibilidade de ser contrariado, o facto de grande parte da população se encontrar em férias, e o facto de ser cada vez mais difícil fazer novos conhecimentos torna esta estadia demasiado monótona. Exemplo estranho que se passa por estas paragens é o de um campo de futebol relvado que se encontra a 200 metros de onde estou alojado, outrora com clientes habituais e funcionava como um meio de conhecer alguns nativos, agora condenado ao abandono ainda que a manutenção do relvado seja regular. Os jovens desta zona residencial de cerca de 1000 a 2000 habitantes preferem um pátio de cimento para jogar futebol. Dá Deus nozes a quem não tem dentes diria o povo. É só um dos aspectos estranhos do meu dia-a-dia nesta semi-colónia portuguesa em que me encontro.

Fim de Crónica do enviado especial ao Luxemburgo

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