Crónicas

No passado dia 28 de Dezembro completei 22 anos de existência, quero partilhar alguns dos agradecimentos que fui fazendo ao longo desse dia, pode ocorrer a mera eventualidade de eu me esquecer de algum e ir acrescentando, pois não os escrevi na altura. Como não possuo uma daquelas coisas onde se escreve começadas por -m, e cujo o nome eu não se escrever, mas deve acabar em -ine, onde se apontam pensamentos, compromissos, e esse tipo de coisas. Aliás devo acrescentar, a quem não me ofereceu nada pelo aniversário da minha vinda a este mundo que essa um presente que receberia com bastante agrado.

Realmente o pensamento prega-nos partidas. O que eu vou escrever agora não tem nada a ver com o que está escrito em cima mas foi um pensamento que tive durantes estes dias, e está directamente relacionado com o meu tópico do messenger. Como programador de qualidade duvidosa, mas já com algumas brincadeiras feitas a nível de programação, lembrei-me de escrever que tinha sido actualizado para a versão 2.2 (também inspirado pelo querido amigo Tiago Pina). Aprofundei esse pensamento e realmente é engraçado pensar que durante 365 (366 quando o ano é bissexto) dias aprefeiçoamo-nos e naquele dia vêm nos dar os parabéns. Com o desenvolvimento de software a coisa funciona também assim. Vamos desenvolvendo durante muito tempo, e depois é lançada uma nova versão. Depois de rigorosamente aprefeiçoada e testada é lançada para o público. A busca de aperfeiçoamentos também é constante, e se calhar o nosso dia de aniversário é o dia em que damos a cara pela nova versão.
Que pensamento bem bonito e tecnológico. Podia cobrir o número de caracteres mínimos exigível a um post da minha pessoa, mas ainda falta a parte que falava no início dos agradecimentos.

Obrigado aos meus pais, porque sem eles não estaria neste mundo.
Obrigado aos meus avós, porque tiveram paciência para tomar conta de mim quando os meus pais não podiam.
Obrigado às amas e empregadas que tomaram conta de mim quando os meus pais e os meus avós não podiam.
Obrigado às pessoas que na minha infância longíqua e que já não cabe na minha memória, partilham um pouco de si para o meu crescimento.
Obrigado ao Sr. Santinho (vizinho dos meus avós) por ter emprestado o chão da sua cozinha para eu dar os primeiros passos, ainda que de braços bem abertos.
Obrigado ao inventor da palavra Homem porque inventou a primeira palavra que eu consegui dizer.
Obrigado aos meus bizavós pelas histórias de um tempo longíquo que me contaram.
Obrigado às minha educadoras de infância, por me terem tratado bem, e terem paciência por eu não querer dormir a sesta.
Obrigado aos meus colegas da infantil por me terem afundado os meus carrinhos na areia do recreio.
Obrigado à D. Albertina por me ter ensinado a escrever.
Obrigado aos colegas que me acompanharam desde a primária até aos dias de hoje.
Obrigado aos que chamaram ao meu pé esquerdo pé canhão.
Obrigado aos que acreditaram que eu podia jogar hóquei com míudos da minha idade.
Obrigado aos meus professores e colegas da Alliance Française por fazerem com que hoje me sinta contente por saber falar e escrever francês.
Obrigado aos professores do Colégio Rainha Santa pela confiança que depositaram em mim.
Obrigado ao Colégio por me ter ensinado muitas coisas, e me ter proporcionado boas experiências de intercâmbio cultural e social.
Obrigado pelas viagens a Paris, Atenas e Roma.
Obrigado pela capacidade que tenho de lidar com exames e testes.
Obrigado ao meu irmão por ser assim, porque se fosse de outra maneira não teria piada.
Obrigado a todas os colegas de equipa que tive no Olivais, mas muito especialmente os Juniores A de 2004/2005, nunca me esquecerei daquela noite depois de perdermos a final.
Obrigado aos meus treinadores Paulo Cordeiro, Daniel, José Araújo, Nuno Abreu, Gonçalo, Pedro Rebelo e Dilson. Em especial ao Dilson pela admiração e amizade que ainda hoje mantenho, e ao Zé Araújo por ser o melhor treinador que tive enquanto jogador.
Obrigado ao Olivais e seus dirigentes por me terem acolhido e aturado durante tantos anos, sem que eu tenha podido corresponder em campo às condições que me proporcionaram.
Obrigado àqueles que me aconselharam a escolher o curso que hoje frequento.
Obrigado aos meus colegas caloiros que me têm acompanhado e têm sido um grande suporte nestes anos.
Obrigado aos jacarés.
Obrigado às pessoas que apareceram no meu caminho e que apesar de não termos ficado bem, me proporcionaram algum tipo de crescimento ou aprendizagem.
Obrigado ao Xico por tantas vezes dizer "Acorda para a vida".
Obrigado pelas Queimas e Latadas, principalmente pelo cortejo de quartanistas em 2006.
Obrigado aos colegas que edificaram esse grande projecto do HardElectro carro 23 do cortejo de 2006.
Obrigado ao Rato por me aturar todos os dias, e até Setembro de este ano não se livra de certeza.
Obrigado às raparigas que rejeitaram os meus pedidos de namoro.
Obrigado à minha mãe e a Deus por me terem levantado da pacanda que levei quando choquei com a Universidade.
Obrigado pelo programa do CUMN que me chegou às mãos em Outubro de 2005.
Obrigado aos companheiros do grupo do Crisma que comigo caminharam e ajudaram a porporcinar uma experiência de fé inesquecível.
Obrigado ao Pe. Nuno por me ter convidado para animador do CUMN.
Obrigado a todos os que me conseguem supreender.
Obrigado a Portugal por me fazer sentir confortável neste país.
Obrigado à selecção portuguesa de futebol por me fazer sonhar.
Obrigado à Académica de Coimbra por me fazer sofrer.
Obrigado ao mar por me alcamar.
Obrigado aos aviões por me fazerem sonhar.
Obrigado à minha família por não me ter falhado com nada.
e Obrigado a Deus por me ter estado comigo em todos os obrigados que ficaram para trás.

Fim de Crónica