quarta-feira, março 21, 2007
Um ano e meio depois o regresso aos relvados
A expressão "regresso aos relvados" é bem comum da gíria do futebol, mas gosto de aplicá-la a qualquer outro desporto, seja qua for a superfície sobre a qual é jogada. É verdade amigos leitores, regressei ao taco do pavilhão dos Olivais, agora denominado pavilhão Eng. Augusto Correia, em homenagem a um dos seus mais carismáticos presidentes. Já algumas vezes tinha regressado àquele lugar que durante largos anos foi o meu refúgio, o lugar onde fui bastante feliz, mas nunca me soube tão bem como hoje, porque hoje ia treinar!
A rotina que durante anos fez parte do meu dia a dia, voltou por uma vez. Chegar às 21h10 e atirar a roupa que tenho para cima da cama e vestir aqueles calções compridos, e calçar a bota com armotecedores que já não saía do armário há vários meses. Ainda são novas, ainda magoam. Às 21h20 sair de casa em direcção ao pavilhão para depois ficar naquela conversa circunstancial de aquecimento de treino enquanto. Depois vêm aqueles lançamentos desengoçados para libertar a tensão acumulada. O treinador chama então para o início, comenta o último jogo, e depois é começar a correr, a disfrutar da bola cor de laranja ta rodar no ar e fazer aquele barulho tão característico da bola que entra sem tocar no ferro.
O treino chega então ao fim, procuro o Carlitos, ele não está no meu horizonte. Começamos a arrumar as tabelas para os futebolistas que se seguem. Durante anos e anos via o Carlitos fazê-lo e nunca o ajudei, que diferença faz um treino hoje e o que era um treino há ano e meio, a forma de ver as coisas, se soubesse tinha-o ajudado sempre, quer com bolas, quer com os coletes ou as tabelas. Eis que então ele surge, do alto do seu metro e quarenta e qualquer coisa, bastante menos activo, a tossir como sempre, mas não com a mesma força. Depois abraçou-se e perguntou como estava a família, isto depois das tabelas devidamente arrumadas.
Deu para matar saudades. Um dias destes volto lá, sinto falta.
Fim de Crónica
A rotina que durante anos fez parte do meu dia a dia, voltou por uma vez. Chegar às 21h10 e atirar a roupa que tenho para cima da cama e vestir aqueles calções compridos, e calçar a bota com armotecedores que já não saía do armário há vários meses. Ainda são novas, ainda magoam. Às 21h20 sair de casa em direcção ao pavilhão para depois ficar naquela conversa circunstancial de aquecimento de treino enquanto. Depois vêm aqueles lançamentos desengoçados para libertar a tensão acumulada. O treinador chama então para o início, comenta o último jogo, e depois é começar a correr, a disfrutar da bola cor de laranja ta rodar no ar e fazer aquele barulho tão característico da bola que entra sem tocar no ferro.
O treino chega então ao fim, procuro o Carlitos, ele não está no meu horizonte. Começamos a arrumar as tabelas para os futebolistas que se seguem. Durante anos e anos via o Carlitos fazê-lo e nunca o ajudei, que diferença faz um treino hoje e o que era um treino há ano e meio, a forma de ver as coisas, se soubesse tinha-o ajudado sempre, quer com bolas, quer com os coletes ou as tabelas. Eis que então ele surge, do alto do seu metro e quarenta e qualquer coisa, bastante menos activo, a tossir como sempre, mas não com a mesma força. Depois abraçou-se e perguntou como estava a família, isto depois das tabelas devidamente arrumadas.
Deu para matar saudades. Um dias destes volto lá, sinto falta.
Fim de Crónica