sexta-feira, maio 04, 2007
Dia 0 - A serenata 6h57
O sol caiu no horizonte de coimbra. Vêem-se pessoas vestidas de forma pouco original, estão todas de igual e todas procuram o mesmo. Os morcegos sairam à rua... Começou a minha última queima das fitas.
A corrida aos restaurantes é imensa, mas como manda a praxe o atraso é no mínimo de uma hora, sempre foi assim, e sempre será, mas pena que não esteja cá para ver o próximo. Jantar sempre bem regado, desta vez havia um toque de sumo no vinho que me deixou em boas condições durante algumas horas.
A serenata é um momento solene de abertura, nunca o tinha visto, o primeiro gesto de traçar a capa tinha sido feito em sítio pouco próprio sem vista para os fadistas. Por razões várias nunca mais lá voltei, decidi que era este ano, por que é a última. Acho que o fado de Coimbra é sempre mágico, mas sentir que os esmagamento da multidão pode vir de qualquer lado não é nada confortável. Qualquer movimento é impossível. Mudo de sítio, o mesmo da primeira serenata, e ouço a serenata ao mesmo tempo que a vejo numa tela lá ao longe. Sentir o som das cordas da guitarra a mexer comigo, porque mexe, porque é a última vez que elas ecoam de traje sobre o corpo.
Um FRA dá o pontapé de saída para uma noite de farra. Couraça é paragem obrigatória em noite de Queima. Gente acumulada no meio da rua, asfixiam qualquer carro que tente passar no meio. Mata-se a sede da serenata, e decidi-se o convívio para que se vai. Tal como no primeiro ano, medicina estava a chamar por mim. Desta vez o Xico não encontrou a nota de 20€ que nos abriria as portas do convívio, teve de sair do bolso. Depois foi tentar deixar a música agitar os meus pés de chumbo e o meu corpo pouco ágil. Sempre a repôr líquidos, e aos poucos a noite foi ficando mais turva.
A chuva miudinha cai, tal como a primeira vez. Tantos pontos de contacto com a primeira vez só podem fazer aumentar a nostalgia. Entre encontros desencontros, conversa mais ou menos agradáveis, companhias mais ou menos alegres, esvai-se o tempo e já há luz matinal. Tal como da primeira vez sigo a pé, debaixo de chuva até ao meu porto de abrigo. São 6h57 e este foi o dia 0.
Fim de Crónica
A corrida aos restaurantes é imensa, mas como manda a praxe o atraso é no mínimo de uma hora, sempre foi assim, e sempre será, mas pena que não esteja cá para ver o próximo. Jantar sempre bem regado, desta vez havia um toque de sumo no vinho que me deixou em boas condições durante algumas horas.
A serenata é um momento solene de abertura, nunca o tinha visto, o primeiro gesto de traçar a capa tinha sido feito em sítio pouco próprio sem vista para os fadistas. Por razões várias nunca mais lá voltei, decidi que era este ano, por que é a última. Acho que o fado de Coimbra é sempre mágico, mas sentir que os esmagamento da multidão pode vir de qualquer lado não é nada confortável. Qualquer movimento é impossível. Mudo de sítio, o mesmo da primeira serenata, e ouço a serenata ao mesmo tempo que a vejo numa tela lá ao longe. Sentir o som das cordas da guitarra a mexer comigo, porque mexe, porque é a última vez que elas ecoam de traje sobre o corpo.
Um FRA dá o pontapé de saída para uma noite de farra. Couraça é paragem obrigatória em noite de Queima. Gente acumulada no meio da rua, asfixiam qualquer carro que tente passar no meio. Mata-se a sede da serenata, e decidi-se o convívio para que se vai. Tal como no primeiro ano, medicina estava a chamar por mim. Desta vez o Xico não encontrou a nota de 20€ que nos abriria as portas do convívio, teve de sair do bolso. Depois foi tentar deixar a música agitar os meus pés de chumbo e o meu corpo pouco ágil. Sempre a repôr líquidos, e aos poucos a noite foi ficando mais turva.
A chuva miudinha cai, tal como a primeira vez. Tantos pontos de contacto com a primeira vez só podem fazer aumentar a nostalgia. Entre encontros desencontros, conversa mais ou menos agradáveis, companhias mais ou menos alegres, esvai-se o tempo e já há luz matinal. Tal como da primeira vez sigo a pé, debaixo de chuva até ao meu porto de abrigo. São 6h57 e este foi o dia 0.
Fim de Crónica