domingo, maio 06, 2007

 

Dia 2 - O baile de gala 4h54

Fraquinho, eu sou um franquinho. Ao fim do segundo dia já tenho que deixar as danças de salão para vir recuperar forças. Felizmente que há saudáveis diferenças entre todos nós, mas este meu metabolismo que não me deixa dormir menos de 7h30 aborrece-me.
Jantar em casa por estes dias é coisa rara, mas hoje houve oportunidade e fiquei-me pela família de sempre. É sempre difícil encaixar a família na queima, tenho dificuldade em fazê-lo, não por vergonha, mas por manifesta estranheza aos costumes da queima de hoje.
O sol quando nasece no baile não é para todos. Primeiro é só para alguns que comem e bebem como manda a tradição. Os pobres esperam cá fora até que acabe o espetáculo.
Com mais de bastante tempo de atraso lá se abre o sol para quem esperou cá fora. Faz-se fila para as fotos mas cobiçadas. As senhoras sempre mais requisitadas, como é de esperar dada a beleza e exorbitância de seus vestidos, ao contrário da simplicidade da maioria dos estudantes, apenas com o papillon e a cinta de gala. Surgem rasgos deslubrantes de beleza, capaz de chamar a atenção do mais desatento dos homens. De tal maneira que nem sempre nos sabemos onde fica o lado certo para nos virarmos. Tudo é pago a peso de ouro, principalmente a entrada, que fica encravada a quem vai à procura de alguma coisa fora do normal, quando se trata de facto de um baile onde se dança e se bebe. O cenário invoca, ainda que de forma muito discrta, a selecção das sete maravilhas de Portugal, e faz-se um apelo discreto ao voto em Coimbra.
Depois de algumas hesitações, finalmente, e a muito custo, graças a um empurrão fui para o mega salão de baile que se tinha aberto. Aos primeiros passos percebi que todo e qualquer tipo de dança me causa aflição, mas aos poucos cai-se no hábito, e aprende-se mais de dança numa noite que no resto da minha curta, mas já longa existência. Vários pares foram passando, sem que nenhum deles tivesse deixado as suas pegadas nos meus sapatorros. Os meus parabéns a eles todos, por terem daçando um indivíduo como eu.
Contínuo a pensar que para o que é oferecido nesta noite o seu preço continua bastante acima do que real valor da oferta, mas ainda assim acho que valeu a pena, nem que seja só para poder comentar qual a rapariga que mais nos fascinou no café do dia seguinte.

Fim de Crónica

Barbaridade:
E qual foi ela???
 
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