sexta-feira, maio 11, 2007

 

Dia 7 - Boa Noite Senhor e Parque 5h26

Estou exausto, nem o mais confortável dos meus sapatos me salva, mas está à porta o meu último dia de queima como estudante. Vou evitar sofrer por antecipação, e vou deixar as lamechices para amanhã.
O dia começou bem cedo para o horário de queima. Havia um Boa Noite Senhor para montar com todo o prazer é claro. Seria um dia no CUMN, com carpetes para cima e para baixo, com material para cima e para baixo, com coisas para pendurar na parede, com o stress do costume, e aquela sensação que falta sempre meia hora para tudo ficar mais que perfeito. E faltou.
Nem houve tempo para saborear novo jantar na família CUMN, foi enfiar fatias de pizza pela goela abaixo e ultimar pormenores.
O Boa Noite Senhor procurava passar por alguns dos momentos mais marcantes da queima das fitas, rever um pouco o nosso ano e tomar consciência do que posso fazer para sentir Deus mais presente no dia-a-dia. Começou com uma serenta ao vivo, mas que a maioria das pessoas, mergulhadas na escuridão da sala pensou que era uma gravação. Terminada a serenta um carrinho decorado a preceito, ia distribuindo garrafas de cerveja com uma fita e uma caneta, dando a ideia de cortejo. O carrinho retirava-se e começou uma apresentação visual para rever o ano, os seus principais momentos, as sensações ligadas a cada mês, terminando com uma fita a ser escrita por alguém. Foi então pedido, para os participantes escreverem nas fitas o que tinha sentido que Deus lhe escreveria nas suas fitas no final do ano. Seguia-se então um outro momento em que o objectivo era enfeitar o papel de cenário com atitudes para sentir que Deus era cá da malta. Foi o momento que mais me tocou, primeiro pela belíssima interpretação dos meus queridos colegas animadores do tema "Amazing Grace" e depois ver as pessoas a entrar realmente no esquema que tinhamos pensado foi mesmo muito bom. Por último, uma sugestão: "Toma a tua jola e segue-me", enquanto entrava o mesmo carrinho com cerveja à séria e música do parque. A festa continuou no jardim com DJ Cordeiro a bombar de forma inovadora, misturando a partir de dois iPod's e um computador. Acho que se não se os vizinhos não se importarem muito vamos repetir estes after partys no jardim, resultou mesmo muito bem.
Como também é habitual nestas ocasiões é obrigatório ir ao parque picar o ponto com todas as pessoas que estiveram connosco na oração. Como de costume, o largo da Portagem foi ponto de encontro e de reabastecimento, tal a diferença de preços praticados dentro e fora do parque.
Atravessa-se a ponte, dá-se meia volta e então sim entra-se no parque onde André Sardet já toca. Concerto fraquinho faz-nos procurar alternativas. Mas prego atrás de prego, pastilhada atrás de pastilhada, só faz que aumente o número de tentativas de procurar um lugar que nos agrade. E assim foi até começar a actuação do grupo de cordas, a verdadeira descoberta da queima. Desta vez consegui chegar a tempo de ver quase tudo e gostei, não me enganaram por dois ou três temas mais bonitinhos, eles são mesmo bons, e mostram uma alegria imensa enquanto tocam. O concerto terminou com um rasganço em pleno palco que foi bastante aplaudido. Não desejo um rasganço assim, bem na escuridão terá de ser o meu, o mais discreto possível, se é que é possível...
O dia inteiro a carregar objectos escada acima não perdoa e as dores eram mais que muitas, apesar do traje ter ficado na gaveta. Não queria perder pitada do último dia de queima, há que poupar a pouca energia ainda existente.

Fim de Crónica

Barbaridade:
Tenho uma boa amiga o tocar no grupo de cordas da associação... (aparte)


E mais inveja...se ela matasse.
Desse jardim cheio de gente, desse grupo único, de sentir (saber) no fim que vale sempre a pena.

Saudações académicas e das outras
( e fico á espera do relato de 6a..)
 
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