sábado, maio 28, 2005
A Morte
A morte é um tema obscuro do qual não temos vontade de falar, o qual associamos ao sofrimento e por isso fazemos tudo para evitá-la.
A morte também pode ser causadora de medos, saber que deixaremos tudo o que construímos até então é uma sensação horrível. Felizmente nunca passei por uma situação dessas, mas não poucas vezes me passam pela cabeça ideias como:"se eu tivesse a certeza que iria morrer como é que me iria sentir?" Não sei se isto faz muito sentido, porque se a morte for rápida não nos passará nada pela cabeça, se por outro lado a morte for lenta o nosso sofrimento seria concerteza maior porque estariamos a arrastá-lo no tempo. Por isso já varias vezes comentei que se pudesse escolher escolhia uma morte rápida e silenciosa. Por exemplo deitar-me num dia e acordar no dia seguinte junto de Deus.
Agora toquei noutro ponto sensível. Supostamente depois desta passagem pelo mundo dos vivos virá o melhor, assim dizem as várias religiões. Então, mas porquê este receio tão grande em deixar o mundo dos vivos e levitar? Eu acho que vamos achar sempre que o nosso trabalho está incompleto, pelo menos enquanto formos jovens, ou enquanto trabalharmos. É com este espiríto de missão que encaro o dia-a-dia, de ter alguma coisa para cumprir deste lado, e sinto claramente que não cumpri o que me foi destinado por Deus, por isso peço-lhe para que me guie até ao que ele destinou para mim, e já agora que me deixe ficar por aqui mais alguns anos.
Agora surge-me outro dilema. Se a morte pode ser rápida e silenciosa, porque não aproveitar cada momento que vivemos? É sem dúvida uma questão interessante, mas eu acho que ao tornarmo-nos uteís para a sociedade, estamos a aproveitar o momento, pelo menos eu acho que isso dá um gozo enorme. É melhor assim do que andarmos a parazitar, sem objectivos só a viver o momento.
Já desabafei tudo o que tinha dizer sobre este assunto, sinto-me sem dúvida melhor.
Fim de Crónica
A morte também pode ser causadora de medos, saber que deixaremos tudo o que construímos até então é uma sensação horrível. Felizmente nunca passei por uma situação dessas, mas não poucas vezes me passam pela cabeça ideias como:"se eu tivesse a certeza que iria morrer como é que me iria sentir?" Não sei se isto faz muito sentido, porque se a morte for rápida não nos passará nada pela cabeça, se por outro lado a morte for lenta o nosso sofrimento seria concerteza maior porque estariamos a arrastá-lo no tempo. Por isso já varias vezes comentei que se pudesse escolher escolhia uma morte rápida e silenciosa. Por exemplo deitar-me num dia e acordar no dia seguinte junto de Deus.
Agora toquei noutro ponto sensível. Supostamente depois desta passagem pelo mundo dos vivos virá o melhor, assim dizem as várias religiões. Então, mas porquê este receio tão grande em deixar o mundo dos vivos e levitar? Eu acho que vamos achar sempre que o nosso trabalho está incompleto, pelo menos enquanto formos jovens, ou enquanto trabalharmos. É com este espiríto de missão que encaro o dia-a-dia, de ter alguma coisa para cumprir deste lado, e sinto claramente que não cumpri o que me foi destinado por Deus, por isso peço-lhe para que me guie até ao que ele destinou para mim, e já agora que me deixe ficar por aqui mais alguns anos.
Agora surge-me outro dilema. Se a morte pode ser rápida e silenciosa, porque não aproveitar cada momento que vivemos? É sem dúvida uma questão interessante, mas eu acho que ao tornarmo-nos uteís para a sociedade, estamos a aproveitar o momento, pelo menos eu acho que isso dá um gozo enorme. É melhor assim do que andarmos a parazitar, sem objectivos só a viver o momento.
Já desabafei tudo o que tinha dizer sobre este assunto, sinto-me sem dúvida melhor.
Fim de Crónica
Barbaridade:
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O medo do desconhecido... Uma pessoa quando não conhece receia. Uma criança quando está pela primeira vez num espaço que não conhece não se sente à vontade, tem medo. Desde os primórdios que o homem tem vindo sempre a arranjar explicações para tudo, incluindo para a sua existência...para a questão "e depois?"
Continuamos sem saber. Talvez daqui a muiiiitooooo tempo alguém se deite e pense "Txi..não saber o que vem depois..." como nós hoje pensamos "não conceber a ideia de elevador...q anormalidade".
Talvez nunca se saiba. Talvez não haja nada para saber e nós apenas precisemos de acreditar.
Talvez eu devesse ir dormir..amanhã tenho um longo dia para viver...
Continuamos sem saber. Talvez daqui a muiiiitooooo tempo alguém se deite e pense "Txi..não saber o que vem depois..." como nós hoje pensamos "não conceber a ideia de elevador...q anormalidade".
Talvez nunca se saiba. Talvez não haja nada para saber e nós apenas precisemos de acreditar.
Talvez eu devesse ir dormir..amanhã tenho um longo dia para viver...
Um filosofo, de seu nome Martin Heidegger, dizia que o ser autêntico, que tornava a sua exsitência com o máximo sentido, era o "ser para a morte". E sendo autÊnticos, somos angustiados..
Sendo essa a nossa única certeza, ele dizia que a única maneira de sermos autênticos era olharmos para dentro de nós como um ser cujo coração inevitavelmente parara um dia de bater..
Facto - morremos.
ConsequÊncia - alieamo-nos..
E é isso que somos..Seres alienados.. Uns encontram na religião um propósito, um escape, um refúgio, uma forma de não nos sentirmos sozinhos, fragilizados e desprotegidos..
Uma ilusão? Aqui entra o subectivismo, tema que prefiro não abordar..
Outros, encontram esse refúgio na ciÊncia, na "evolução", numa concretização material.. Enfim..
Outros são autênticos aliens, como se tivessem sido resgatados de outro planeta e que no nosso, apenas cá estao para ver o tempo a passar por eles sem darem conta..
Mas no fundo, a ideia mais pragmática de olhar para a questão, é que no limite, todos nos alienamos de uma forma mais ou menos esclarecida de que a única certeza que temos, é a morte.
Claro que o estado racional, dá-nos a capacidade do "julgamento", opiniar em relaçao a um valor, a uma contribuição mais ou menos válida para o mundo em que estamos, em que vivemos.. Mas mais uma vez, e outra vez no limite, não será mais que isso, mais que uma mera opinião, porque no fim, é inevitável que termine..
Penso que a questão mais importante no que diz respeito À eventualidade de amanhã não acordarmos, é perguntarmo-nos a nós próprios se fizemos, até então, tudo o que queriamos..
E como a resposta será eternamente "NÃO", então teremos sempre medo!
"Life without fellings, it's like watching the clock ticking..till it stops.."
J
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Sendo essa a nossa única certeza, ele dizia que a única maneira de sermos autênticos era olharmos para dentro de nós como um ser cujo coração inevitavelmente parara um dia de bater..
Facto - morremos.
ConsequÊncia - alieamo-nos..
E é isso que somos..Seres alienados.. Uns encontram na religião um propósito, um escape, um refúgio, uma forma de não nos sentirmos sozinhos, fragilizados e desprotegidos..
Uma ilusão? Aqui entra o subectivismo, tema que prefiro não abordar..
Outros, encontram esse refúgio na ciÊncia, na "evolução", numa concretização material.. Enfim..
Outros são autênticos aliens, como se tivessem sido resgatados de outro planeta e que no nosso, apenas cá estao para ver o tempo a passar por eles sem darem conta..
Mas no fundo, a ideia mais pragmática de olhar para a questão, é que no limite, todos nos alienamos de uma forma mais ou menos esclarecida de que a única certeza que temos, é a morte.
Claro que o estado racional, dá-nos a capacidade do "julgamento", opiniar em relaçao a um valor, a uma contribuição mais ou menos válida para o mundo em que estamos, em que vivemos.. Mas mais uma vez, e outra vez no limite, não será mais que isso, mais que uma mera opinião, porque no fim, é inevitável que termine..
Penso que a questão mais importante no que diz respeito À eventualidade de amanhã não acordarmos, é perguntarmo-nos a nós próprios se fizemos, até então, tudo o que queriamos..
E como a resposta será eternamente "NÃO", então teremos sempre medo!
"Life without fellings, it's like watching the clock ticking..till it stops.."
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