sábado, maio 28, 2005
A Morte
A morte é um tema obscuro do qual não temos vontade de falar, o qual associamos ao sofrimento e por isso fazemos tudo para evitá-la.
A morte também pode ser causadora de medos, saber que deixaremos tudo o que construímos até então é uma sensação horrível. Felizmente nunca passei por uma situação dessas, mas não poucas vezes me passam pela cabeça ideias como:"se eu tivesse a certeza que iria morrer como é que me iria sentir?" Não sei se isto faz muito sentido, porque se a morte for rápida não nos passará nada pela cabeça, se por outro lado a morte for lenta o nosso sofrimento seria concerteza maior porque estariamos a arrastá-lo no tempo. Por isso já varias vezes comentei que se pudesse escolher escolhia uma morte rápida e silenciosa. Por exemplo deitar-me num dia e acordar no dia seguinte junto de Deus.
Agora toquei noutro ponto sensível. Supostamente depois desta passagem pelo mundo dos vivos virá o melhor, assim dizem as várias religiões. Então, mas porquê este receio tão grande em deixar o mundo dos vivos e levitar? Eu acho que vamos achar sempre que o nosso trabalho está incompleto, pelo menos enquanto formos jovens, ou enquanto trabalharmos. É com este espiríto de missão que encaro o dia-a-dia, de ter alguma coisa para cumprir deste lado, e sinto claramente que não cumpri o que me foi destinado por Deus, por isso peço-lhe para que me guie até ao que ele destinou para mim, e já agora que me deixe ficar por aqui mais alguns anos.
Agora surge-me outro dilema. Se a morte pode ser rápida e silenciosa, porque não aproveitar cada momento que vivemos? É sem dúvida uma questão interessante, mas eu acho que ao tornarmo-nos uteís para a sociedade, estamos a aproveitar o momento, pelo menos eu acho que isso dá um gozo enorme. É melhor assim do que andarmos a parazitar, sem objectivos só a viver o momento.
Já desabafei tudo o que tinha dizer sobre este assunto, sinto-me sem dúvida melhor.
Fim de Crónica
A morte também pode ser causadora de medos, saber que deixaremos tudo o que construímos até então é uma sensação horrível. Felizmente nunca passei por uma situação dessas, mas não poucas vezes me passam pela cabeça ideias como:"se eu tivesse a certeza que iria morrer como é que me iria sentir?" Não sei se isto faz muito sentido, porque se a morte for rápida não nos passará nada pela cabeça, se por outro lado a morte for lenta o nosso sofrimento seria concerteza maior porque estariamos a arrastá-lo no tempo. Por isso já varias vezes comentei que se pudesse escolher escolhia uma morte rápida e silenciosa. Por exemplo deitar-me num dia e acordar no dia seguinte junto de Deus.
Agora toquei noutro ponto sensível. Supostamente depois desta passagem pelo mundo dos vivos virá o melhor, assim dizem as várias religiões. Então, mas porquê este receio tão grande em deixar o mundo dos vivos e levitar? Eu acho que vamos achar sempre que o nosso trabalho está incompleto, pelo menos enquanto formos jovens, ou enquanto trabalharmos. É com este espiríto de missão que encaro o dia-a-dia, de ter alguma coisa para cumprir deste lado, e sinto claramente que não cumpri o que me foi destinado por Deus, por isso peço-lhe para que me guie até ao que ele destinou para mim, e já agora que me deixe ficar por aqui mais alguns anos.
Agora surge-me outro dilema. Se a morte pode ser rápida e silenciosa, porque não aproveitar cada momento que vivemos? É sem dúvida uma questão interessante, mas eu acho que ao tornarmo-nos uteís para a sociedade, estamos a aproveitar o momento, pelo menos eu acho que isso dá um gozo enorme. É melhor assim do que andarmos a parazitar, sem objectivos só a viver o momento.
Já desabafei tudo o que tinha dizer sobre este assunto, sinto-me sem dúvida melhor.
Fim de Crónica
segunda-feira, maio 23, 2005
Festival Eurovisivo
Vou hoje falar de um dos programa que marcou a minha infância juntamente com os jogos sem fronteiras. Ambos têm um apresentador em comum, metade homem, metade mito Eládio Clímaco. Sei que isto pode parecer uma pequena peça de humor original, mas não, é a mais pura das verdades. Era a competição mais mediática em que Portugal entrava antes de termos uma grande selecção de futebol. Era religiosamente seguido por milhares de famílias espalhadas por esse país fora, que faziam quadros de votações para cada membro da família. Agora que têm a oportunidade de votar ninguém vota. Apesar de tudo não deixei de ficar surpreendido com os resultados de audiência da semi-final onde Portugal participou. Alcançou 13% creio, segundo a agência Lusa.
Quando era mais criança gravava os festivais e via-os successivamente até saber as pontuações de cor, aquela coisa fantástica do "Spain 8 points, l'Espagne 8 points, United Kingdom 10 points, Roiaumme Unni 10 points, and finally Ireland 12 points, et finalement l'Irlande 12 points" sim porque quando eu via era sempre a Irlanda que ganhava, como o Porto ganhou 5 campeonatos seguidos a Irlanda fez o mesmo com o festival de Eurovisão nos anos 90. Sabia inclusivamente algumas músicas de cor, até nas línguas mais esquesitas. Infelizmente, nos finais da década de 90 o festival mudou, para pior. A imagem conta agora tudo, músicas sem jeito nenhum vencem o festival só porque têm uma cantora visualmente bonita, embora com 4kg de maquilhagem, e lá lhe arranjam uma coreografia engraçada para ver se ela tira a roupa e acaba a actuação eu sutiã e cuecas. Mas o ponto mais negro aconteceu em 1998, quando um travesti israelita chegou, viu e venceu só porque era travesti, porque nem se conseguia dançar e a música era pura e simplesmente horrível. Felizmente, travestis não voltaram a aparecer, mas o certo é que aparece lá com cada personagem que parecem vindos de outro mundo. Sobre este assunto vinha hoje no público um artigo de Eduardo Cintra Torres, esse homem que tem a fantástica profissão de crítico de televisão.
Por outro lado, os países da nova Europa fazem deste festival um local de afirmação no panorama Europeu, e são ajudados pelo facto de terem muitos vizinhos o que não acontece com Portugal, cujos votos vêm totalmente dos emigrantes, já que nem os nosso vizinhos espanhóis nos dão votos. A importância para nós é pouca, e por isso nada fazemos para o ganhar. Enviamos más músicas (no ano passado), maus cantores (este ano, até metiam dó, não se percebia nada do que diziam) e por isso este festival nunca se realizará em Portugal, porque a UEFA não atribui a sua organização. Esta é entregue ao país vencedor da edição anterior. Mas este certame cultural é também uma forma de promoção turística, isto porque concerteza já reparam que nos intervalos das músicas passam imagem do país organizador, e confesso que a vontade de os visitar cresce depois daqueles segundos de grandes imagens. As imagens temo-las, basta ver os anúnios do Instituto do Turismo, chegam a ser emocionantes. Mas não, não nos interessa o certame, até porque ele está muito degradado. Sugiro que para o ano levem a Ana Malhoa e a sua musica latina, metam-na no palco de biquini e pode ser que ganhemos. Viva Portugal!
Fim de Crónica
Quando era mais criança gravava os festivais e via-os successivamente até saber as pontuações de cor, aquela coisa fantástica do "Spain 8 points, l'Espagne 8 points, United Kingdom 10 points, Roiaumme Unni 10 points, and finally Ireland 12 points, et finalement l'Irlande 12 points" sim porque quando eu via era sempre a Irlanda que ganhava, como o Porto ganhou 5 campeonatos seguidos a Irlanda fez o mesmo com o festival de Eurovisão nos anos 90. Sabia inclusivamente algumas músicas de cor, até nas línguas mais esquesitas. Infelizmente, nos finais da década de 90 o festival mudou, para pior. A imagem conta agora tudo, músicas sem jeito nenhum vencem o festival só porque têm uma cantora visualmente bonita, embora com 4kg de maquilhagem, e lá lhe arranjam uma coreografia engraçada para ver se ela tira a roupa e acaba a actuação eu sutiã e cuecas. Mas o ponto mais negro aconteceu em 1998, quando um travesti israelita chegou, viu e venceu só porque era travesti, porque nem se conseguia dançar e a música era pura e simplesmente horrível. Felizmente, travestis não voltaram a aparecer, mas o certo é que aparece lá com cada personagem que parecem vindos de outro mundo. Sobre este assunto vinha hoje no público um artigo de Eduardo Cintra Torres, esse homem que tem a fantástica profissão de crítico de televisão.
Por outro lado, os países da nova Europa fazem deste festival um local de afirmação no panorama Europeu, e são ajudados pelo facto de terem muitos vizinhos o que não acontece com Portugal, cujos votos vêm totalmente dos emigrantes, já que nem os nosso vizinhos espanhóis nos dão votos. A importância para nós é pouca, e por isso nada fazemos para o ganhar. Enviamos más músicas (no ano passado), maus cantores (este ano, até metiam dó, não se percebia nada do que diziam) e por isso este festival nunca se realizará em Portugal, porque a UEFA não atribui a sua organização. Esta é entregue ao país vencedor da edição anterior. Mas este certame cultural é também uma forma de promoção turística, isto porque concerteza já reparam que nos intervalos das músicas passam imagem do país organizador, e confesso que a vontade de os visitar cresce depois daqueles segundos de grandes imagens. As imagens temo-las, basta ver os anúnios do Instituto do Turismo, chegam a ser emocionantes. Mas não, não nos interessa o certame, até porque ele está muito degradado. Sugiro que para o ano levem a Ana Malhoa e a sua musica latina, metam-na no palco de biquini e pode ser que ganhemos. Viva Portugal!
Fim de Crónica
sábado, maio 14, 2005
De cérebro queimado
A Queima das fitas 2005 já era. Um alívio para uns que finalmente vão dormir como deve ser, um sofrimento para outros que já na 2ª feira regressam às aulas depois de uma semana de folia.
Pode-se dizer que foi uma queima como as outras, isto para a maioria dos estudantes, senão vejamos houve bêbados, cortejo, cerveja, noites do parque, bêbados, garraiada, traçadinho, baile de gala, bêbados, serenata, vinho, pó e outras iniciativas para além dos bêbados é claro.
O momento alto da minha queima foi o domingo. Estava com uma alegria contagiante talvez até exagerada, fui para o parque e pareceia que as horas passavam sem eu dar conta. Entretanto, parece que duas beldades decidiram fazer coisas bonitas no palco principal infelizmente ninguém me soube chamar.
Na 3ª feira desloqueime novamente ao parque depois de um cortejo regado quanto baste, e que se comenta contava com menos gente nas ruas. É claro que a minha presença num carro do cortejo em 2006 vai alterar completamente esta situação (este foi o comentário mais narcisista que alguma vez fiz!). Voltando ao parque para dizer que o único concerto que vi nesta queima foi o do grande Quim Barreiros, onde o ex-acordeonista de Zeca Afonso mostrou, num concerto igual a todos os anteriores que é um grande performer. Quim Barreiros cantou todos os seus grandes êxitos naquele que é sem dúvida um dos momentos altos e mais concorridos da queima.
Peço-vos gentilmente para deixarem aqui um comentário sobre a história mais hilariante da vossa queima, é sempre bom partilharmos esse momento.
Eu vou aqui deixár-vos a minha. Vocês andaram uma semana a gastar rios de dinheiro, quando podiam ter ido à queima de Eiras, esse sim o verdadeiro espetáculo da lusofonia e do bailarico.
Com um cartaz de categoria superior: IRA no 1º dia, MEIDIN no 2º, Quim Barreiros no 3º, Diapasão no 4º, e no 5º dia Dominó, para finalizar D'Arpa&Dance um grupo internacional da Geórgia, que passa às 4 da manhã na televisão do Tibete, aos fins de semana na televisão do Tiramisu, dia sim dia não na televisão da Micronésia e é o hino Nacional de Kinshasa, capital mundial do lusco-fusco. Imaginem-se abordados na rua por um grupo de jovens rapazes a dizer-vos isto, acompanhados por um menu do restaurante a Cabana do qual faziam parte a fêvera, o bitoque com ovo a cavalo e ainda vos ofereciam um pudim de fruta caso tivessem comprado o bilhete geral para a queima de Eiras. Foi isso que aconteceu a muito boa gente (entenda-se rapariga), e para dizer a verdade acho que até gostaram. A não perder queima de Eiras 2005!
Fim de Crónica
P.S.: Queria dar aqui os parabéns a esse ícone da cultura olivanense, Carlos Silva (Carlitos) que hoje faz anos. Carlitos és o maior!
Pode-se dizer que foi uma queima como as outras, isto para a maioria dos estudantes, senão vejamos houve bêbados, cortejo, cerveja, noites do parque, bêbados, garraiada, traçadinho, baile de gala, bêbados, serenata, vinho, pó e outras iniciativas para além dos bêbados é claro.
O momento alto da minha queima foi o domingo. Estava com uma alegria contagiante talvez até exagerada, fui para o parque e pareceia que as horas passavam sem eu dar conta. Entretanto, parece que duas beldades decidiram fazer coisas bonitas no palco principal infelizmente ninguém me soube chamar.
Na 3ª feira desloqueime novamente ao parque depois de um cortejo regado quanto baste, e que se comenta contava com menos gente nas ruas. É claro que a minha presença num carro do cortejo em 2006 vai alterar completamente esta situação (este foi o comentário mais narcisista que alguma vez fiz!). Voltando ao parque para dizer que o único concerto que vi nesta queima foi o do grande Quim Barreiros, onde o ex-acordeonista de Zeca Afonso mostrou, num concerto igual a todos os anteriores que é um grande performer. Quim Barreiros cantou todos os seus grandes êxitos naquele que é sem dúvida um dos momentos altos e mais concorridos da queima.
Peço-vos gentilmente para deixarem aqui um comentário sobre a história mais hilariante da vossa queima, é sempre bom partilharmos esse momento.
Eu vou aqui deixár-vos a minha. Vocês andaram uma semana a gastar rios de dinheiro, quando podiam ter ido à queima de Eiras, esse sim o verdadeiro espetáculo da lusofonia e do bailarico.
Com um cartaz de categoria superior: IRA no 1º dia, MEIDIN no 2º, Quim Barreiros no 3º, Diapasão no 4º, e no 5º dia Dominó, para finalizar D'Arpa&Dance um grupo internacional da Geórgia, que passa às 4 da manhã na televisão do Tibete, aos fins de semana na televisão do Tiramisu, dia sim dia não na televisão da Micronésia e é o hino Nacional de Kinshasa, capital mundial do lusco-fusco. Imaginem-se abordados na rua por um grupo de jovens rapazes a dizer-vos isto, acompanhados por um menu do restaurante a Cabana do qual faziam parte a fêvera, o bitoque com ovo a cavalo e ainda vos ofereciam um pudim de fruta caso tivessem comprado o bilhete geral para a queima de Eiras. Foi isso que aconteceu a muito boa gente (entenda-se rapariga), e para dizer a verdade acho que até gostaram. A não perder queima de Eiras 2005!
Fim de Crónica
P.S.: Queria dar aqui os parabéns a esse ícone da cultura olivanense, Carlos Silva (Carlitos) que hoje faz anos. Carlitos és o maior!
segunda-feira, maio 09, 2005
Hotel Olivais
Por analogia com a crónica de José Mourinho para a revista dez do jornal Record vou escrever a crónica do fim de semana da final a 4 da Taça Nacional. Uma das razões pela qual lhe atribuí este título é a maneira como vou relatar os acontecimentos do fim de semana, não vou falar exaustivamente dos jogos porque acho que isso não foi o mais importante para nós.
No sábado vencemos o CAB Madeira por folgada margem. Entrámos fortes e conseguimos uma boa vantagem e a partir daí foi gerir essa vantagem. O CAB ainda se aproximou, mas nunca pôs em causa o nosso domínio. Vencemos com justiça, surpreendendo os espectadores que quando chegaram ao pavilhão viram uma equipa de baixa estatura e outra com 4 jogadores acima dos 2 metros. Mas cedo se percebeu como se dava a volta ao texto. Muita correria, muito querer e força de vontade, alicerçados num forte espiríto de grupo. Estávamos então na final, e embora cansados e com menos 2 horas de recuperação que o nosso adversário na final acreditávamos que podíamos conseguir o objectivo a que nos proposemos.
Domingo 8 de Maio, a ansiedade era grande, mas também a confiança, o jogo decisivo aproximava-se. Alguns sócios do clube saíram de Coimbra de madrugada para acompanharem aquele que podia ser um jogo histórico para o seu clube. Mais uma vez voltámos a entrar bem, embora não tão bem como na véspera. Estivémos sempre na frente e entrámos para o último período a vencer por 13 pontos, o que em básquete não é nada. O Imortal passou a criar mais dificuldades para o nosso ataque e nos últimos 5 minutos encostou o placar. Por quebra física ou por exclusivo mérito do adversário não consigo encontrar uma razão única para esta aproximação. A partir daí não conseguimos reagir, eles estavam por cima no jogo, e por lá continuaram. Nos últimos momentos da partida a equipa de arbitragem teve uma sequência de decisões discutíveis sempre em nosso prejuízo de tal forma que nem conseguimos sair para o ataque. O jogo acabou por se decidir na linha de lance livre. O Imortal teve 6 lances livres no fim, converteu 3 e ganhou. Penso que não se deve tirar o mérito ao adversário, por isso me dirigi ao seu banco para os felicitar. Foi uma enorme desilusão, é muito difícil descrever por palavras tudo aqui que passou pela cabeça. Perder é uma sensação horrível, numa final ainda pior. É caso para dizer a melhor equipa perdeu, a modalidade saiu derrotada. Cometemos erros é certo, mas parece que houve alguém a dar um empurrão ao Imortal na fase final do jogo.
As últimas horas em Albufeira foram complicadas, a vontade de vir embora era imensa. Mesmo depois de uma primeira parte de viagem difícil em que as imagens pareciam não sair da nossa cabeça, a força do grupo acabou por vir ao de cima, e transformámos uma derrota, numa vitória. Ainda que não goste de falar em vitórias morais, o certo é que nos sentimos campeões, nas palavras da direcção, do treinador e nas nossas próprias cabeças há sensação que nos tiraram um título que merecíamos. Pensei em não ir ao parque ontem, fui porque todos íamos e como verdadeira equipa que somos, não ia rejeitar o convite. Levados pelo alcóol fizemos discursos emocionados, cantámos o nome do nosso clube, ensinámos às pessoas o nosso grito, fizemos mais barulho do que nunca num autocarro e diziamos a quem passava que nos considerávamos campeões. Nunca vi nada assim, algumas pessoas estavam fascindadas com a nossa alegria, mesmo tendo perdido, no fundo fizemos a festa como se tivessemos sido campões, é assim que nos sentimos. Eu aposto pelo que vi do Imortal que ontem deve ter ido todos cedinho para cama, contentes por terem ganho, mas nunca com aquela alegria efusiva que nós mostrámos ontem. Eles não sabiam festejar. Tinha que ser o responsável da equipa a puxar pelo banco, na final sairam do balneário primeiro que nós, como se nada se tivesse passado. Dá uma certa raiva ver isto.
Queria agora agradecer a todos Januário, Gomes, Bruno, Pedro, Luís, Ruben, Tiffon, Gui, Bento, Pina, Diogo, Miguel e Pipo, por ter tido a sorte de ser vosso colega de equipa, pessoal é muito fácil jogar basquéte convosco. Agradecer ao Dilson que desenvolveu um excelente trabalho e que nos levou longe neste nosso caminho. À direcção do Olivais que esteve connosco nos momentos chave, ao Carlitos que tão seriamente fez um vídeo que nos serviu de motivação e também aos sócios do Olivais que de Barcelos a Albufeira acompanharam a nossa equipa. Por último gostava de deixar aqui uma pergunta a todos os que fizeram parte desta equipa, porquê é que não continuamos juntos até ao fim das nossas carreiras desportivas? Bem sei que isso pode parecer que se quer cortar as asas a alguns de nós, mas eu acho que este grupo podia conseguir tudo e mais alguma coisa.
Adoro-vos! Obrigado por esta época fantástica!
Fim de Crónica
No sábado vencemos o CAB Madeira por folgada margem. Entrámos fortes e conseguimos uma boa vantagem e a partir daí foi gerir essa vantagem. O CAB ainda se aproximou, mas nunca pôs em causa o nosso domínio. Vencemos com justiça, surpreendendo os espectadores que quando chegaram ao pavilhão viram uma equipa de baixa estatura e outra com 4 jogadores acima dos 2 metros. Mas cedo se percebeu como se dava a volta ao texto. Muita correria, muito querer e força de vontade, alicerçados num forte espiríto de grupo. Estávamos então na final, e embora cansados e com menos 2 horas de recuperação que o nosso adversário na final acreditávamos que podíamos conseguir o objectivo a que nos proposemos.
Domingo 8 de Maio, a ansiedade era grande, mas também a confiança, o jogo decisivo aproximava-se. Alguns sócios do clube saíram de Coimbra de madrugada para acompanharem aquele que podia ser um jogo histórico para o seu clube. Mais uma vez voltámos a entrar bem, embora não tão bem como na véspera. Estivémos sempre na frente e entrámos para o último período a vencer por 13 pontos, o que em básquete não é nada. O Imortal passou a criar mais dificuldades para o nosso ataque e nos últimos 5 minutos encostou o placar. Por quebra física ou por exclusivo mérito do adversário não consigo encontrar uma razão única para esta aproximação. A partir daí não conseguimos reagir, eles estavam por cima no jogo, e por lá continuaram. Nos últimos momentos da partida a equipa de arbitragem teve uma sequência de decisões discutíveis sempre em nosso prejuízo de tal forma que nem conseguimos sair para o ataque. O jogo acabou por se decidir na linha de lance livre. O Imortal teve 6 lances livres no fim, converteu 3 e ganhou. Penso que não se deve tirar o mérito ao adversário, por isso me dirigi ao seu banco para os felicitar. Foi uma enorme desilusão, é muito difícil descrever por palavras tudo aqui que passou pela cabeça. Perder é uma sensação horrível, numa final ainda pior. É caso para dizer a melhor equipa perdeu, a modalidade saiu derrotada. Cometemos erros é certo, mas parece que houve alguém a dar um empurrão ao Imortal na fase final do jogo.
As últimas horas em Albufeira foram complicadas, a vontade de vir embora era imensa. Mesmo depois de uma primeira parte de viagem difícil em que as imagens pareciam não sair da nossa cabeça, a força do grupo acabou por vir ao de cima, e transformámos uma derrota, numa vitória. Ainda que não goste de falar em vitórias morais, o certo é que nos sentimos campeões, nas palavras da direcção, do treinador e nas nossas próprias cabeças há sensação que nos tiraram um título que merecíamos. Pensei em não ir ao parque ontem, fui porque todos íamos e como verdadeira equipa que somos, não ia rejeitar o convite. Levados pelo alcóol fizemos discursos emocionados, cantámos o nome do nosso clube, ensinámos às pessoas o nosso grito, fizemos mais barulho do que nunca num autocarro e diziamos a quem passava que nos considerávamos campeões. Nunca vi nada assim, algumas pessoas estavam fascindadas com a nossa alegria, mesmo tendo perdido, no fundo fizemos a festa como se tivessemos sido campões, é assim que nos sentimos. Eu aposto pelo que vi do Imortal que ontem deve ter ido todos cedinho para cama, contentes por terem ganho, mas nunca com aquela alegria efusiva que nós mostrámos ontem. Eles não sabiam festejar. Tinha que ser o responsável da equipa a puxar pelo banco, na final sairam do balneário primeiro que nós, como se nada se tivesse passado. Dá uma certa raiva ver isto.
Queria agora agradecer a todos Januário, Gomes, Bruno, Pedro, Luís, Ruben, Tiffon, Gui, Bento, Pina, Diogo, Miguel e Pipo, por ter tido a sorte de ser vosso colega de equipa, pessoal é muito fácil jogar basquéte convosco. Agradecer ao Dilson que desenvolveu um excelente trabalho e que nos levou longe neste nosso caminho. À direcção do Olivais que esteve connosco nos momentos chave, ao Carlitos que tão seriamente fez um vídeo que nos serviu de motivação e também aos sócios do Olivais que de Barcelos a Albufeira acompanharam a nossa equipa. Por último gostava de deixar aqui uma pergunta a todos os que fizeram parte desta equipa, porquê é que não continuamos juntos até ao fim das nossas carreiras desportivas? Bem sei que isso pode parecer que se quer cortar as asas a alguns de nós, mas eu acho que este grupo podia conseguir tudo e mais alguma coisa.
Adoro-vos! Obrigado por esta época fantástica!
Fim de Crónica
terça-feira, maio 03, 2005
KeresOleo desporto
Meus caros amigos leitores finalmente há novidades. A fotografia acima é do local onde se disputará a final a 4 da taça nacional de Juniores A, Albufeira. As equipas que vão discutir a nona edição deste troféu são o Básquete de Barcelos que conseguiu o apuramento no passado domingo em Coimbra ao vencer os lisboetas do Carnide, o CAB da Madeira que tem apuramento directo para a final a 4, o Imortal equipa da casa e vencedor da zona sul desta competição e o Olivais Coimbra vencedor da zona norta da mesma competição. Os jogos são a eliminar, meias finais e finais, havendo ainda o sempre chato jogo de 3º e 4º lugar que mais não serve do que para pronlogar a agonia de quem não conseguiu chegar à final.
O Olivais defronta o CAB no sábado às 17h, enquanto o Imortal joga com o Barcelos às 15h. Pelas indicações deixadas no site da FPB a equipa do CAB será a mesma que disputou a CNB1 zona norte e que já jogou com o Olivais. Não sabemos até que ponto é que as nossas informações podem ser actualizadas sobre este evento, mas prometemos que se houver oportunidade daremos conta da evolução dos acontecimentos.
Por último, uma palavra para a Briosa que no domingo joga em Aveiro para garantir matematicamente a manutenção. Um jogo em que se prevê uma invasão pacífica da cidade da Ria, o que vai resultar em mais um jogo em casa para os rapazes de negro. Rapazes esses que conseguiram um brilhante triunfo diante do Buenavista precipitando por a saída de Jaime Pacheco que no flashinterview se desfez em elogios à Académica e aos seus apoiantes, se calhar um dos factores decisivos para a saída. Parece que depois deste jogo de Aveiro já se pode começar a pensar na próxima época mas vamos ver o que acontece primeiro.
Fim de Crónica