quinta-feira, abril 28, 2005

 

O novo gigante dos céus




Não podia deixar passar em claro o facto de ontem ter sido o voo inaugural do A380, o novo gigante dos céus.
Quem me conhece sabe que eu sou um apaixonado por aviões, cheguei inclusivamente a certo ponto da minha vida seguir uma carreira de piloto de aviação civil. Acabei, após ponderada reflexão, acabei por me dedicar à engenharia electrotécnica.

Depois deste momento autobiográfico falemos sobre o novo "bicho" da airbus. São dois andares de avião, e ainda por cima não é um avião daqueles pequenos, é enorme, do tamanho de um jumbo (a alcunha do boeing 747). Pode levar até 800 passageiros, o que significa que um aldeia do interior português cabia toda dentro de um airbus A380. No entanto o avião pode ser adaptado e transportar "apenas" 500 passageiros. Nesta última hipótese, o avião pode ter restaurantes, espaços lúdicos, camas de casal e até chuveiros, coisa nunca antes vista num avião. No entanto, há alguns problemas que se põem com um avião deste tamanho. Em primeiro lugar a readaptação das mangas de saída dos aviões, em segundo a rapidez de embarques e desembarques, e por último o elevado tempo de espera que um passageiro tem que aguentar até que saiam as suas malas. Grosso modo, para além do voo seriam necessárias mais 2 horas para procedimentos de embarque e desembarque, o que a verificar-se não facilitará o sucesso deste avião. Apesar disto tudo a Airbus já tem cerca de 160 encomendas, e o primeiro voo comercial vai para os céus daqui por um ano e vai ser realizado pela Singapura Airlines.

Apesar de este ser um avião europeu, com muita pena minha Portugal não participou no projecto, podendo, no entanto vir a participar no fabrico de algumas peças, através das OGMA cuja parte do capital pertence a uma empresa que está integrada neste projecto do A380.
Este avião não deve passar por Portugal nos próximos anos. Primeiro porque os aeroportos portugueses não estão preparados e por outro lado a TAP não está a pensar em adquirir nenhum aparelho deste tipo. Mas por um lado ainda bem, porque se nas rotas europeias por vezes há longos tempos de espera no tapete das malas, num avião deste tipo era melhor montarem uns dormitórios nos aeroportos.

Fim de Crónica

P.S.: Ouvi agora uma notícia incrível na rádio. Um cineasta português está detido no Dubai por ter fumado haxixe. Como sabem o Dubai é um dos Emiratos Árabes, e em países mulçumanos fumar droga é um crime hediondo. Entretanto, este cineasta, por via de seu pai pediu ajuda ao governo português, porque está a ser vergonhosamente tratado, e outra coisa não seria de esperar. Ele há com cada coisa...

segunda-feira, abril 25, 2005

 

KeresOleo desporto

Se calhar este é o pior momento semanal no nosos blog, isto avaliar pelas reacções (ou pela sua ausência) da parte dos leitores.

Seguindo a ordem cronológica temos que no passado sábado a equipa da AAC/OAF deslocou-se a Lisboa, ao complexo Alvalade XXI, estádio José de Alvalade, para defrontar o Sporting. Um jogo que mostrou o porquê da Briosa estar há 10 jogos sem perder. Alicerçada em princípios defensivos sólidos e em tentativas de saída para o contra-ataque a estratégia da Académica prevaleceu durante a primeira parte, tendo inclusivé criado a melhor ocasião de golo, por Marcel que mostrou que o seu pé esquerdo não é definitivamente o melhor. Na 2ª parte o Sporting entrou mais pressionante criando inúmeras dificulades à Briosa, de tal forma que Pedro Roma se transformou na figura do jogo. O jogo chegou ao fim com um empate, que deixou a Mancha satisfeita, embora eu ache que festejar um empate daquela maneira foi um exagero, até porque o Sporting devia ter jogado com 10 a maior parte do jogo. Mas pronto, temos mais um ponto sobre a linha de água e uma vitória basta para garantir a permanência na SuperLiga.

Passemos à deslocação da equipa de Juniores A Masculinos do Olivais a Vila Pouca de Aguiar, localidade do distrito de Vila Real, que dá azo a inúmeras piadas se seprarmos a A de guiar. Sobre o jogo rezam as crónicas que o seu momento alto passou por uma tentativa de um jogador do Olivais de marcar um cesto desde o seu meu campo e que quase desfez a tabela. Se isto parecia normal se estivéssemos no fim de um período, não parece que seja assim tão normal quando ainda falta mais de 1 minuto para o fim do respectivo período. Ah... é verdade o Olivais ganhou, elevando para 16 o seu número de vitórias esta época. Daqui para a frente de nada valem estas vitórias. A partir daqui é a eliminar, 4 equipas para um título a partir de dia 7 num pavilhão desse país. Por estranho que pareça, a duas semanas do fim de semana decisivo ainda ninguém sabe onde vão ser as decisões, enfim parece sina, mais um motivo de sofrimento e ansiedade. Não há-de ser nada.

Fim de crónica

 

25 de abril: o dia da Liberdade

Não quero deixar de assinalar esta data pelo primeira vez no nosso blog, isto porque é a única oportunidade que tenho para fazê-lo pela primeira vez.
Depois deste início pouco auspicioso vamos então falar do 25 de Abril de 1974. É concerteza um feriado muito apreciado pelos portugueses para ir até ao Algarve passar um belo fim de semana pronlongado, mas é, por outro lado um dos feriados com mais significado para grande parte dos portugueses, isto porque a maioria da população portuguesa já era nascida em 1974, e muitos deles seguramente que se lembram do momento. Foi o fim do último regime totalitarista da Europa meditrrânica, numa revolução fantástica em que não houve qualquer tipo de violência, tudo se resolveu pacificamente e Portugal ficou a ganhar.
Durante algumas décadas a fio o poder em Portugal esteve entregue a Oliveira Salazar. Depois da primeira república Salazar chegou ao governo através da pasta das finanças, e por lá ficou, como primeiro-ministro, até morrer. Foi o primeiro-ministro que governou durante mais tempo em Portgual. Durante os anos em que esteve à frente de Portugal exerceu o poder de forma abusiva, cortando pela raíz qualquer opinião que fosse contra a sua. Limitou a educação a um grupo de priveliados, a Salazar intressava-lhe uma população pouco instruída que permitisse sem grande alvoroço pôr em prática as suas políticas. Levou a guerra do Ultramar até às últimas consequências, desenvolveu um plano ambicioso de obras públicas, manteve uma posição pouco clara durante a 2ª guerra mundial e por último queria realçar o facto de ter levado Portugal a uma balança comercial positiva, algo que nunca se repetiu depois do 25 de Abril.

A este regime se deve o atraso de Portugal em relação ao resto da Europa. O facto de durante várias décadas se ter permitido que a maioria da população apenas completasse a então 4ª classe, fez com que a mão de obra em Portugal fosse (e seja) pouco qualificada. Esta situação levará ainda algumas décadas a ser ultrapassada.
A democracia trouxe outro tipo de responsabilidade aos portugueses. São regularmente chamados às urnas para deciderem quem os governa. Ainda assim muitos se abstêm, não valorizam a luta dos seus antepassados, e mostram que para eles viver em ditadura ou democracia é exactamente o mesmo.
A liberdade de expressão é certamente uma das faces mais visíveis da revolução. Senão vejamos: muitos dos textos que aqui publico seriam cenurados, os milhares de blogs que criticam abertamente as instituições deixariam de existir, aqueles programas tipo fórum eram de todo impossíveis. Há que valorizar este dom da opinião.
Por outro lado nunca mais atingiremos a balança comercial dos tempos da ditadura. Estamos integrados numa das ecónomias mais competitivas do mundo, a UE, e as fronteiras foram abolidas. Com a concorrência de outros produtos vindos de outros países é de todo impossível reequilibrarmos a balança.
Continuamos a apostar em planos de obras públicas ambiciosos em vez de termos um ensino superior de qualidade, mas como já disse noutros post, continua a faltar coragem aos nossos políticos para tomarem decisões que apenas tenham impacto a médio longo prazo.

Este é o meu diagnóstico, outrora seria censurado.

Fim de Crónica

quinta-feira, abril 21, 2005

 

Dolce Pita



Caros leitores deixem-me constatar o provincianismo que os habitantes de Coimbra têm revelado nos últimos dias. Tudo isto devido à abertura do novo centro comercial Dolce Pita, assim apelidado por algumas mentes brilhantes devido às características dos clientes desta superfície comercial.
Tudo bem que não havia nenhum espaço desta dimensão na nossa cidade, mas sinceramente, milhares de pessoas andarem lá tipo formigas, é revelador de um provincianismo atroz.
Houve uma altura que media o grau de desenvolvimento das cidades pelos seus centros comerciais, mas hoje não penso tanto assim. Se por um lado o aparecimento de centros comerciais é um sinal de confiança na capacidade consumista da população e está associado à criação de novos postos de trabalho, por outro penso que seria mais importante o desenvolvimento de indústrias inovadoras na cidade de Coimbra para dar emprego aos milhares de estudante que aqui recebem a sua formação.
Por outro lado, o centro comercial fica rodeado por estabelecimentos de ensino por todos os lados. A nascente pelo João de Deus e pela ESEC, a norte pela Escola Secundária Infanta D. Maria e a poente pela Escola Secundária Avelar Brotero. Se aos alunos do João de Deus não lhes é permitido sair da escola sem a companhia de um adulto, os alunos das outras instituições podem ser seriamente tentados a deixar as aulas para 2º plano, e irem passear para o centro. Bom se isto é bom então não sei por caminho isto vai.
Mas nem tudo é mau. Como já disse vão ser criados novos postos de trabalho, vai haver maior concorrência o que leva a uma baixa de preços generalizada,em breve poderemos ter 30 salas de cinema em Coimbra, o que múltiplica por 6 o antigo número de ecrãs e por último de realçar a arquitectura vanguardista e ecológica do empreendimento, que ao que sei faz um aproveitamento significativo da luz solar.

Fim de Crónica

quarta-feira, abril 20, 2005

 

Habemvs Papam

Depois de uma tentativa frustrada, e com quase dois dias de atraso vem aí o comentário ao novo Sumo Pontifíce.
O novo Papa é alemão e conta 78 anos de idade, e alguns problemas de saúde que o levaram a pedir a resignação ao seu antecessor João Paulo II, há cerca de 2 anos. Como facilmente se conclui esse pedido foi rejeitado e o cardeal Ratzinger chegou a Papa.
Confesso que senti uma certa desilusão quando soube que este era o novo Papa, no fundo já se estava à espera que fosse ele. Era, para além dos portugueses, o único cardeal que eu conhecia. Se calhar ficaria mais satisfeito com um papa oriundo do 3º mundo, mas a vontade de Deus não foi essa. Bento XVI é um intelectual da igreja, um teólogo por excelência, defensor de uma corrente que muitos consideram conservadora. No entanto, penso que ninguém pensa que a igreja mude a sua posição face ao aborto, homossexualidade ou o sacerdócio das mulheres. Todos somos filhos de Deus, mas as tradições aqui vão falar mais forte nas próximas décadas.
Na sua primeira aparição Bento XVI não revelou a mesma facilidade de comunicação que João Paulo II. Muitos falam de um Papa tímido, mas afectuoso. Penso que o seu maior exame será no encontro mundial de jovens católicos a realizar no próximo verão em Colónia, Alemanha. Gostaria de estar presente, uma vez que nunca tive a oportunidade de estar ao vivo com o anterior Papa, facto que me provoca alguma mágoa.
Por outro lado, a condução do Vaticano deverá ser semelhante à que se praticava nos tempos de João Paulo II, até porque face a frágil situação de saúde que João Paulo II apresentava no final do seu pontificado, o cardeal Ratzinger como nº2 da hierarquia, estava já "aos comandos".
Deixo aqui o link para a página do clube de fãs do Papa Bento XVI onde se pode encontrar entre informações biográficas do novo Papa merchandising exclivo alusivo ao cardeal Ratzinger.

Fim de Crónica

segunda-feira, abril 18, 2005

 

KeresOleo Desporto



E perguntam vocês o que faz aqui este número 1? Pois é, trata-se do lugar ocupado pela equipa de Juniores A do Olivais, que este fim de semana elevou a sua série para 15 jogos sem perder, uma marca que tem de ser assinalada. A equipa garantiu este sábado a qualifacação para a fase final da Taça Nacional de Juniores A masculinos em basquétebol, ao garantir matematicamente o primeiro posto da zona norte após vitória sobre a equipa do Gumirães (eu sei que o teu cérebro processou Guimarães, mas vê o que está lá escrito). Já no domingo, a mesma equipa defendeu o seu estatuto de invicta frente ao ED Viana, numa vitória por 70-87. Falta ainda uma longa deslocação a Vila Pouca de Aguiar para encerrar esta fase do campeonato, mas uma coisa é certa esta equipa já conseguiu superar a prestação da época transata onde se ficou pelo 3º lugar da mesma zona norte, ficando de fora da final 4. Face à superioridade demonstrada nesta fase é crível que esta equipa tenha uma palavra a dizer na fase final da prova. Assim que forem divulgados os seus adversários o KeresOleo fará o favor de os divulgar para os seus leitores.

Falemos agora da Académica/OAF que alargou a série de jogos sem perder para 9, sendo a equipa que está há mais tempo sem perder na Superliga, facto assinalável para uma equipa que luta para não descer. Foi uma exibição quase cínica da Briosa, que soube aproveitar bem as oportunidades que lhe couberam. O Penafiel, teve maior posse de bola mas mostrou-se uma equipa algo inofensiva e pouco imaginativa no último terço de terreno, de tal forma que se pode também considerar o Penafiel uma equipa eficaz, porque marcou na única oportunidade flagrante de que dispôs.
Uma palavra para a claque penafidelense, que era composta por um grupo de percursão, que tocava insistentemente de forma irritante. Meus amigos, quando levarem tambores para a bola, não toquem sempre a mesma música, levem também uns pratos e instrumentos de sopro, e incentivem os adeptos a apoiarem a vossa equipa. Era assim que os ingleses funcionavam no Euro 2004. Havia uns instrumentos que marcavam o compasso, e o resto do estádio acompanhava-os. Mas nem tudo foi mau, estes senhores tiveram enorme fair-play, já que no fim do jogo deram umas rufadas para os adeptos da Briosa acompanharem com palmas.

Fim de Crónica

sábado, abril 16, 2005

 

O disparate

Escrevo este post porque simplesmente ainda não me decidi em virar a cadeira e debruçar-me sobre a minha mesa para começar a estudar. Assim como forma de libertação e estímulo à minha própria capacidade de concentração decidi escrever qualquer coisa.

Sendo assim vou falar de ginásios. Esses espaços são frequentados por milhares de pessoas, na tentiva de manutenção da forma física ou por outra para tentar adaptar as características do nosso corpo ao desporto que praticam. Eu sigo a 2ª via para frequentar um ginásio.
O espaço é engraçado e oferece uma diversidade de actividades considerável para que justifique a mensalidade elevada a que os clientes daquele ginásio estão sujeitos.
Como consequência dos elevados custos que implicam a frequência do mesmo, os seus clientes provêm na sua maioria da classe média-alta. Isto faz com que de vez em quando eu me dê conta de certos aspectos que merecem ser referidos.
Em primeiro lugar, faz-me impressão quem deita fora algumas dezenas de euros para andar numa passadeira e fazer alongamentos. Caro leitor, se este é o teu caso deixa-te de ginásios. É muito mais barato comprar um par de sapatilhas dar uma volta a pé todos os dias, e fazer os alongamentos na tua sala em frente à televisão a ver o teu programa favorito. O dinheiro que pouparias era bem útil para instituições de solidariedade social.
Segundo lugar: algumas madames (ou mademoiselles) que vão para a sala de musculação porque esta está forrada de espelhos que lhe permitem ver se está penteada ou não, quando ela quiser. Como não há leitoras deste blog, eu vou dirigir-me aos namorados, filhos, maridos, etc que convivem com mulheres deste género. Jovem, forra a tua casa de banho com espelhos, convida a tua mais que tudo a entrar e deixa-a lá durante uma noite de futebol na Sporttv. É remédio santo, e com um bocado de sorte ainda te deixa ver a NBA sossegado.
Terceiro e último lugar: quando a malta vai para a musculação, vai para fortalecer os músculos certo? Mas as máquinas servem apenas para fortalecer alguns músculos que por norma não são trabalhados da forma desejada. No entanto, há quem goste tanto da sala de musculação que vá lá para trabalhar o músculo da língua (não se esqueçam que a língua também é um músculo) e não para os outros. Se não percebeste eis um exemplo: dois jovens estão na sala de musculação, fizerem uma série numa máquina qualquer; estão cerca de 5 minutos ao paleio, para depois voltarem à sua série. Quem sofre com isto são as pessoas sérias e atarefadas (eu por exemplo) que querem fazer a sua musculação em ritmo elevado e que por vezes têm de saltar determinadas estações porque os seus ocupantes encontram-se a falar da noite anterior há 5 minutos em vez que se concentrarem no seu exercício.
Depois de soltar este pedaço de fúria no teclado do meu computador vou estudar muito mais sereno e concentrado. Espero sinceramente que comentem este post, porque caso contrário peço a demissão do meu cargo de admnistrador deste blog. Tenho dito!

Fim de Crónica

quarta-feira, abril 13, 2005

 

KeresOleo desporto


Esta crónica tem uma fotografia da mancha apenas e só por não haver nenhuma foto que reporte o jogo dos juniores A do Olivais em Guifões, porque esses sim mereciam o destaque do nosso blog.

Vamos começar naturalmente pelo início. Frase inútil, mas que serve para recordar que vamos tratar os acontecimentos por ordem cronológica. Feita esta pequena introdução passemos à acção.
No passado domingo desolcou-se a Guifões, concelho de Matosinhos, uma delegação do Olivais constituída por jogadores, direcção e simples simpatizantes do clube. Numa altura em que se fala que as pessoas não vão aos estádios houve alguém que disse de forma brilhante que, mais gente acompanhava os Juniores A do Olivais do que a equipa de futebol da União de Leiria Futebol SAD, o que não deixa de ser motivo de orgulho para nós jogadores.
Quanto ao jogo propriamente dito foi totalmente dominado pelos forasteiros (nós). Uma entrada de leão no 1º período valeu logo uma vantagem de 20 pontos no fim do mesmo. Esta vantagem surge como consequência de uma agressividade defensiva elevada e de um aproveitamento dos erros da zona adversária. No 2º período o Guifões recuperou, defendeu box (para quem entende menos deste desporto, a box é uma defesa em que um dos jogadores é defendido individualmente em todo o campo, e os restantes defensores defendem zona). Esta nova defesa, juntamente com a sobrecarga de faltas de alguns dos nossos jogadores, aproximou o Guifões, chegando ao fim da 1ª parte a perder por menor difrença. Nos últimos dois períodos assistiu-se ao domínio do Olivais. Boa selecção de tiro, aproveitamento dos erros defensivos do adversário e acerto do tiro de média/longa distância permitram aos olivanenses cavar um fosso que chegou a ultrapassar os 30 pontos. No entanto, no final fixou-se nos 27 pontos.

Na segunda-feira assisti a um dos jogos mais sonolentos da superliga. Se não fosse a briosa a jogar, muito antes do intervalo teria largado o televisor, mas quando é o clube do coração, por mais que se queira há sempre aquela vontade de ver por pior que seja o jogo. A Académica entrou bem no jogo como tem sido normal, mas desta vez não conseguiu criar uma ocasião de golo digna desse nome e por isso não saiu do Restelo com uma vitória. A melhor oportunidade do jogo saiu dos pés de Dário para a linha de fundo. Apenas com Marco Aurélio pela frente, e após ganhar posição perante o defesa azul Dário não conseguiu acertar na bola como ele queria. De resto, só há a destacar a lesão de Zé Castro, sobre a qual o nosso blog vai tentar apurar novas informações brevemente. A Académica recebe agora o Penafiel, um jogo importante, e que em caso de vitória deixa a Briosa muito perto da manutenção.

Fim de Crónica

quarta-feira, abril 06, 2005

 

Partiu o nosso Papa!

No passado sábado eram cerca de 21h quando recebemos a trágica notícia do desaparecimento do Papa João Paulo II. Para muitos, como eu e possivelmente a maioria dos leitores deste blog, nunca houve outro Papa. O nome Papa esteve sempre associada a esta pessoa. Penso que é algo que vai demorar algum tempo a ultrapassar.

O Papa e a juventude
Este Papa tinha um significado especial para a juventude. Era um Papa sorridente, que falava ao coração das pessoas. Por outro lado quando via a figura do Papa pela televisão parecia que uma força sobrenatural chegava até mim. É daquelas coisas que não se conseguem explicar e fazem as pessoas terem uma religião, algo em que acreditar.

Curiosidade com significado
Uma coisa curiosa àcerca deste Papa é que ao contrário da maioria das pessoas da sua idade não usa óculos, o que para mim é um sinal de juventude de espírito.

Relação com Portugal
O Papa visitou por três vezes Portugal, era um devoto de Fátima. Karol Wojtyla acredita que foi Nossa Senhora de Fátima quem desviou a trajectória da bala e que lhe salvou a vida. Eu também acredito que sim.

O que mais me inspira neste Papa
Mas definitivamente a história mais extraordinária deste Papa está relacionada com o homem que o tentou matar. João Paulo II foi à prisão, falou com o homem e perdoou-lhe. Definitivamente, uma lição que me marca no meu dia-a-dia. O homem, um turco, está preso, mas pediu que o deixassem vir ao funeral do Santo Padre em sinal de agradecimento. Pois que venha porque penso que essa seria a vontade do Papa.

Um gesto bonito
Eu não vi mas ouvi os adeptos dos dois clubes rivais de Cracóvia a gritarem pelo nome do Papa lado a lado como se fosse um jogador de ambas as equipas. Pelo que consta a emoção foi tão grande que inclusivamente outras pessoas se juntaram a este gesto invulgar, entre pessoas que normalmente se encontram para se insultarem e praticarem uma violência gratuita apenas por serem de clubes diferentes. Como a vida é bonita assim!

Sempre o número 13
Outra curiosidade prende-se mais uma vez com a presença do número 13. Se não acreditam leiam a edição de domingo do jornal Público. Mas se não se quiserem dar a esse trabalho eu digo-vos: o Papa faleceu no dia 2/4/2005 (2+4+2+0+0+5=13) às 21h37 minutos de Roma (2+1+3+7=13). Coincidências a mais não?

O Papa e Coimbra
João Paulo II visitou Coimbra por uma vez em 1982. É doutor Honoris Causa da minha universidade, facto de que muito me orgulho. Tem uma estátua em pleno centro da cidade, sinal de agradecimento pela sua passagem. Ainda hoje passei por lá, benzi-me e senti que prestei a 1ª parte da minha homenagem a este Homem. A 2ª parte é este post. Espero que a mensagem de pacificação, de reunião entre povos e religiões que o Papa tentou passar durante estes anos continue a ser pregada e que a sua forma vida influencie os católicos por muitos e longos anos.
Até sempre Karol Wojtyla.

Fim de Crónica

 

Bola Branca

Os nossos leitores concerteza não reparam, mas eu como editor-mor deste blog, quando estou na página de edição deparo-me com o cenário em que se repetem os títulos dos post, por isso, e com a devida permissão da Rádio Renascença utilizo aqui este nome para falar da crónica do fim de semana desportivo.

A Briosa ganhou, saiu da linha de água, o que já não acontecia há tantas jornadas que já nem me lembro, uma coisa é certa, quando estivemos acima da linha de água ainda decorria o ano de 2004.
Um golo madrugador de Zé Castro decidiu o jogo. A equipa do Estoril-Beach confirmou que se trata da pior equipa do campeonato, desde que Luís Campas saiu do Beira-Mar. Esteve em cima da Briosa mas o que é certo é que dispôs de várias oportunidades para marcar e felizmente não conseguiu. Só faltam 3 vitórias para a manutenção!

Olivais 90-52 Vila Pouca de Aguiar. Sobre este jogo não faço qualquer comentário, porque não o presenciei (assim como o jogo da Briosa). Mas não o faço principalmente para não ferir a susceptibilidade de alguns leitores.

Fim de Crónica

segunda-feira, abril 04, 2005

 

Algarve sobrelotado, uma treta

Para não dizerem que eu sou um pseudo-colaborador, deixo aqui mais uma crónica. Desta vez não é sobre desporto, mas sim sobre outros assuntos que nos preocupa a todos.
Este ano, a minha família decidiu ir passar a Páscoa em Portimão. Eu aproveitei para ir lá mudar de ares e relaxar a cabeça.
Ao consultar os jornais e a TV, as quais diziam que a zona de Portimão e de Albufeira estava sobrelotada. Qual é o meu espanto ao chegar lá e ver que a zona dos bares da Oura estavam vazios, que as docas de Portimao estavam vazias, até o Modelo de Portimão estava vazio. Posso concluir apenas que a recessão é de facto uma realidade, cada vez mais notória.
No entanto, é incrível ver que os gerentes dos hóteis dizerem que estão a funcionar a 100%, mas é só turistas ingleses, que ocupam 3 ou 4 quartos. Será que a capacidade dos hóteis diminuiu?
Não considerem isto uma acusação, mas um desabafo.
Saudações

sábado, abril 02, 2005

 

Portugal é ou não um país do 3º mundo?

Eu acreditava que não, mas a última visita a Trás-os-montes mudou a minha opinião. Se por um lado temos boas estradas em comparação com outros países da nova Europa, falta quem faça ordenamento do território e consiga fazer uma manutenção eficaz dessas mesmas estradas. Portugal decidiu pôr a carroça à frente dos bois. Investe milhões em infraestruturas rodoviárias, que naturalmente são muito uteís para as populações, mas por outro lado tem um investimento muito baixo na educação. Ou seja, os engenheiros que projectam as estradas, se calhar podiam poupar muito mais se tivessem melhores conhecimentos. Mas não, o importante é fazer estradas porque essas sim dão votos.
A paisagem transmontana é agradável à vista, e tivessemos umas aldeias que soubessem conservar o que de mais tradicional há nesta zona, acompanhado com o uso de novas tecnologias, esta era certamente umas das zonas de turismo rural mais apetecíveis da Europa. Mas não, o que encontramos por estes lados são casas como as outras, sem qualquer beleza arquitectónica ao olho do cidadão normal e por vezes sem condições minímas de segurança. A única característica que estas casas conservam das casas tradicionais é o acesso ao 1º andar pelo exterior, algo que se fosse alterado traria inúmeras vantagens para a população, visto esta ser uma região fustigada pelos rigores do Inverno. Para citar o cenário transmontano vejamos que, muitas destas casas ficam por pintar, sem corrimão nas escadas, sem grades nas varandas, etc. Isto como devem imaginar transmite uma sensação desoladora a quem anda por aquelas aldeias. Será que isto é possível num país de 1º mundo?
Agora falemos das pessoas. Não tenho nada contra elas, até porque tenho família lá, acho inclusivamente que as pessoas não têm a culpa da maneira como lidam com a vida. Imagine-se que numa aldeia de menos de 1000 habitantes as pessoas vão de carro para o café. Inacreditável? Mas assim acontece de facto. Bicicletas nem vê-las, qual quê isso é próprio de países de 3º mundo como a Dinamarca, onde cerca de 1/4 das pessoas se desloca para o emprego nesse meio de transporte. Em vez disso, vemos cidadãos de motorizadas, ainda por cima sem capacete. Meus amigos, isto é um sinal claro de terceiromundismo. Numa civilização avançada em primeiro lugar está o bem-estar e segurança dos cidadãos. Quando as pessoas se deslocam em veículos motorizados devem tomar as devidas precauções de segurança, mas não em Portugal gaba-se aquele que anda sem cinto, aquele que anda sem capacete, aquele que deu 120 numa avenida de cidade, aquele que fez Coimbra Algarve em menos de 3 horas. É assim. Daí os números absolutamente negros de sinistralidade que temos, apenas comparáveis com países do 3º mundo. Sendo assim este é mais um aspecto em que nos podemos juntar ao clube.
Vou agora citar um episódio que aconteceu durante a minha estadia. Como pouco há para fazer, ao menos aproveita-se para dormir. Já manhã alta estava eu na chamada sorna, entra uma senhora pela casa adentro, dizendo bem alto "Que tchuba esta...", como se depreende chovia torrencialmente. Até aqui nada do outro mundo apesar, de não ter batido à porta e não ter pedido licença para entrar, mas tudo bem. Seguidamente, não vendo a pessoa que procurava (a minha Tia de seu nome Maria) desata aos berros dizendo "Oh Maria, Maria!". Dirigiu-se à primeira divisão que encontrou e nada, de seguida dirigiu-se para o meu quarto abriu a porta, disse novamente "Oh Maria", mas vendo que não era aquilo que ela queria voltou a encostar a porta e foi-se embora, até porque a minha tia já tinha dado conta de que havia alguém à sua procura e respondeu do andar de baixo "Já vou". É normal deixar-se a porta aberta nas casas de aldeia, mas acho que se exige o minímo de respeito. Vou dizer aqui como é que a senhora se deveria ter comportado: em primeiro lugar vendo que estava um carro dentro do portão e sabendo que a minha tia não tem carta devia ter pensado que havia visitas. Segundo devia ter batido à porta, pedido autorização para entrar em tom de voz moderado. Apercebendo-se que não havia resposta, dirigia-se para a sala verificando de facto que a minha tia não estava lá. De seguida, devia ter vindo ao rés-do-chão ver se a minha tia não estaria por lá. Será que o comportamento desta senhora não é terceiromundista?
Por último a missa. Dado que era domingo de Páscoa como católico praticante que sou fui à missa. Foi inacreditável ver que algumas pessoas nem pela casa de Deus têm respeito. Não estando directamente relacionado com o respeito deve falar-se do coro. As senhoras bem se esforçavam por cantar em condições, mas um som irritante que vinha do orgão estragava tudo. Era um confusão musical tremenda. Deve-se dizer a estas pessoas para fazerem aquilo que realmente sabem e não estar com floreados que ainda pioram as coisas. O corropio de pessoas a entrar e a sair da igreja era impressionante, não parou durante toda a cerimónia. A título de exemplo diga-se que o talhante da aldeia saiu a meio da eucaristia para aviar um cliente e voltou a tempo de assistir ao fim da celebração. Por amor de Deus, a missa não é uma telenovela. A destacar mais dois momentos, o Pai Nosso, rezado a uma velocidade estonteante, sem espaços para respirar, e o abraço da Paz, um reboliço imenso, toda a gente a cumprimentar a pessoa que estava do outro lado da igreja, porque a que estava ao lado não servia para o fazer. Será a celebração religiosa de um país do 1º mundo?
Por fim a viagem de regresso e dizer que foram precisas 5 horas para cumprir 350km, mas enfim são sacrifícios que se têm de fazer quando se precisa de ter uma autoestrada a ligar à principal fronteira terrestre do país.
Bom, aqui ficou o meu testemunho, se calhar demasiado negativista, mas eu amo o meu país e não quis deixar de dar aqui algumas ideias para que passemos definitivamente a ser um país da vanguarda da Europa. Até porque temos ideias, faltam-nos por vezes meios para as pôr em prática, mas acima de tudo vontade e espirítio de sacrifício que é coisa que pouco se vê na maioria dos portugueses.

Fim de Crónica

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